26/04/2010


CONTRIBUIÇÃO DA JUVENTUDE VAMOS À LUTA P/ O CURSO ENTRE AS LINHAS DA HISTÓRIA,MULHERES E FEMINISMOS

Há cem anos, o oito de março foi estabelecido como o Dia Internacional de Luta da Mulher. Foi uma proposta da socialista alemã Clara Zetkin, durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague (Dinamarca).

Tal data foi escolhida em função da morte de 129 operárias de uma indústria têxtil de Nova Iorque (EUA) em 1857, durante uma greve que reivindicava a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias. Elas foram trancafiadas na fábrica, onde foram queimadas vivas durante um incêndio.

A partir daí, as mulheres tiveram importantes conquistas, que só foram obtidas por causa da sua organização e mobilização autônoma. Apesar de legalmente existir igualdade entre homens e mulheres e já terem sido aprovadas leis específicas de proteção à mulher (como a Lei Maria da Penha), vemos que na vida real nós mulheres continuamos recebendo salários menores que os homens na mesma função e suscetíveis às mais diversas formas de agressão. Por isso, ainda há muito pelo que lutar.

O machismo ainda está muito presente na sociedade, e na universidade isso acaba se refletindo: no ano passado, uma moradora da Casa do Estudante Universitário (no campus Centro) foi agredida por um colega morador da casa. A UFRGS deve promover formação continuada sobre seu corpo técnico (docentes e servidores, sejam estes terceirizados ou não) e estudantes para evitar que casos de preconceito e agressões físicas se repitam.


Defendemos a existência de creches para @s filh@s das mães estudantes e a permanência das mesmas na universidade, através da garantia de licença à maternidade e assistência estudantil adequada, de forma que ela não seja penalizada no seu ordenamento ou seja jubilada pelas faltas relacionadas ao cuidado com @s filh@s no período letivo.

Especialmente, as moradoras das casas de estudantes da UFRGS que já sejam ou se tornem mães devem ter sua permanência garantida nas mesmas, já que elas quase sempre não dispõem de recursos para morarem em outro local.

A segurança da universidade deve ser realizada por funcionários concursados, e não por funcionários de empresas privadas, que são treinados para defender somente o patrimônio material e não a comunidade universitária. Queremos também mais iluminação nos campi, propiciando mais segurança às alunas e alunos que estudam à noite.

22/04/2010

Nota sobre a ocupação do novo prédio da Câmara Legislativa do DF


Brasília, 21 de abril de 2010

Nota sobre a ocupação do novo prédio da Câmara Legislativa do DF

O Movimento Fora Arruda e toda a Máfia – criado após o estouro do maior escândalo de corrupção do Brasil, a Caixa de Pandora – continua na luta por uma nova política no Distrito Federal, com a construção de novos 50 anos para Brasília.

Exatamente no cinqüentenário da capital federal, ocupamos o prédio destinado à nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Este ato simbólico busca expressar toda a indignação da população brasiliense com a atual situação política e social em que vivemos. Não podemos deixar que as comemorações dos 50 anos de Brasília sirvam como uma nuvem para camuflar todas as injustiças do DF.

Não podemos aceitar um governador eleito por 13 deputados – dos quais 8 estão comprovadamente ligados às denúncias de corrupção do DF. A escolha de um governador deve ser feita pelo seu povo. Exigimos a impugnação da eleição indireta de Rogério Rosso (PMDB), que esteve a serviço de Roriz e Arruda nas últimas gestões de governo e representa a continuidade dessa mesma política.

O prédio que ocupamos – superfaturado e desnecessariamente grande e luxuoso – não pode abrigar os mesmos corruptos que elegeram Rosso e tentam nos calar com panetone. Ele deve ser destinado às necessidades da população. Sua gestão deve ser feita diretamente pelos movimentos sociais. O primeiro passo para essa conquista é a realização de uma auditoria das obras do prédio, que custou três vezes o valor do orçamento inicial.

Exigimos também uma auditoria das obras da nova rodoviária. Aliás, toda a política de transportes do DF tem que ser questionada. É preciso cancelar o contrato do atual passe livre com a empresa Fácil. Lutamos por um transporte realmente livre, gratuito e de qualidade. Os usuários têm o direito de construir um transporte verdadeiramente público para o DF, participando ativamente das decisões.

Para começarmos a construir outros 50 anos, é fundamental que o atual Plano de Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) seja totalmente anulado. A farsa do Setor Noroeste como um bairro ecológico tem que ser desmascarada. É preciso respeitar a comunidade indígena do Santuário dos Pajés e a biodiversidade. É inadmissível construir apartamentos exclusivos para a elite local, enquanto milhões de pessoas não tem condições adequadas de moradia. A ação cautelar que impede as obras no Noroeste tem que ser cumprida.

Todas as investigações devem ser aprofundadas e os corruptos, punidos. A população deve ter acesso a todos os vídeos do inquérito da Caixa de Pandora. Só quando todos estiverem cientes do que está acontecendo nos bastidores da política, teremos força para construir o poder popular. Nenhuma ação violenta e repressora vai nos parar. Exigimos a demissão do Coronel Silva Filho, da Polícia Militar – responsável por várias agressões criminosas contra o movimento.

Participe dessa luta você também. Venha para a Câmara! Mostre que você também está indignado. Coloque faixas pretas no seu carro, na sua janela ou onde mais a criatividade deixar. Poder para o povo!

http://foraarrudaetodamafia.wordpress.com/

parque tecnológico


Juventude Vamos à Luta
Balanço e perspectiva sobre o debate do Parque Tecnológico

Neste dia 9 de abril, o anti-democrático CONSUN(Conselho Universitário), composto por 70% de professores, 15% de funcionários e 15% de estudantes, aprovou o parecer de que a UFRGS terá um Parque Tecnológico sob a justificativa de “ampliar a relação universidade-empresa” e “fortalecer a competitividade das empresas”. Esta aprovação ainda se deu com um mega-operativo montado pela Polícia Federal a pedido da Reitoria, com o objetivo de intimidar qualquer tipo de manifestação democrática. Um parecer apoiado em idéias e projetos do Governo de Lula, como as “Parcerias Público-Privadas(PPPs)” e a “Lei de Inovação Tecnológica”, ambas seguindo a lógica privatista que o Governo Federal tem aplicado nas universidades e nos serviços públicos do Brasil.

Temos certeza de que esta votação não reflete o sentimento de centenas de estudantes que participaram dos debates(audiências públicas, assembléias, etc.) sobre o Parque. Debates estes conquistados com luta, quando o movimento estudantil barrou a reunião do CONSUN em 5 de março(em plenas férias escolares), apesar da reitoria buscar, através da segurança, espancar cada manifestante, mostrando a verdadeira face ditatorial do reitor Alex. A maioria das falas dos debates refltiam que o conhecimento da universidade não pode ser aproporiado por meia-dúzia de grandes empresas. Nós, da Juventude Vamos à Luta, propusemos que este parecer fosse debatido amplamente na Universidade e que fosse decidido a partir de um plebiscito paritário(33% professores, 33% funcionários, 33% estudantes), o que não foi aceito pela reitoria.

Nosso conhecimento deve servir para combater os graves problemas sociais do Brasil

Porém, apesar do parecer do Parque ter sido aprovado, temos certeza de que o debate segue em aberto.  

Por mais que tenhamos que seguir denunciando o parecer, não podemos nos furtar de debater o regimento do Parque.

No debate de regimento o movimento estudantil combativo da UFRGS deve apontar com clareza que nosso conhecimento deve estar atento em como a Universidade ajuda a combater os problemas sociais existentes no país, e não em como a Universidade deve servir para gerar mais lucro para meia-dúzia de empresários.  Apenas para exemplificar, tragédias como as do Rio de Janeiro mostram que o problema da moradia é seríssimo e vem inclusive matando nosso povo. Hoje somente em Porto Alegre, temos 700 famílias que vivem em áreas de extremo risco de desabamento. Como a Universidade pode produzir conhecimento para resolver este tipo de problema é, em nossa opinião, o centro do debate.

DCE-Livre: Mais uma vez um papelão!

O DCE-Livre mais uma vez mostrou para que veio. Enquanto 150 manifestantes estendiam faixas contra a proposta da reitoria, o DCE levou 11 “estudantes” para manifestação a favor do Parque Privastista! Enquanto isso anunciou que a Gerdau, multinacional exploradora da mão-de-obra dos trabalhadores, doou 30 mil para a gestão do DCE! Um verdadeiro escândalo. Mas como “quem paga a banda escolhe a musica” o DCE estava lá, apoiando a Polícia Federal e a repressão por parte da reitoria.

Aprofundar o debate com o conjunto de estudantes

Vemos que a tarefa primordial neste momento para o movimento estudantil da UFRGS é levar o debate para o conjunto de estudantes de cada curso, fazendo assembléias e debates.

21/04/2010

CARTA ABERTA


O movimento estudantil brasileiro hoje, em cada instituição de ensino, continua travando as lutas de resistência contra os ataques à universidade brasileira dos governos estaduais e federal. Isso se dá pela ausência de financiamento público, que não garante os concursos públicos e a qualidade da educação, pela expansão do ensino superior público sem qualidade, que o descaracteriza e fragiliza, e pela expansão do ensino privado de perfil mercantil e precário.

Os coletivos abaixo assinados, reunidos em Uberlândia/MG no dia 08 de Abril de 2010, em virtude da calourada do DCE UFU, considerando a grande dispersão do movimento estudantil, e da necessidade da construção de uma frente de lutas, que consiga nacionalizar as pautas que estão sendo travadas em cada uma das universidades, e travadas, convida a todos/as à reunião no dia 23 para discutir os rumos de uma possível nova Frente de Mobilização, o local pode ser na UNIRIO as 18hs. Caso tenham sugestão de outro local favor responder.

Enviamos em anexo a relatoria desta reunião, e a carta que deu origem a ela, construída no Fórum Social Mundial Temático, em Janeiro de 2010 em Salvador.

CONTRAPONTO

VAMOS À LUTA

REBELE-SE

DIALOGAÇÃO

VIRAMUNDO

INDEPENDENTES

19/04/2010

desastre em Niterói-RJ - A maior Emergência da cidade

Emergência do HUAP aberta? Desde quando, Tarcísio?


Em reiteradas ocasiões, o SINTUFF exigiu a reabertura da emergência do HUAP, pois a partir do seu fechamento arbitrário, a cidade perdeu o ponto de referência de saúde mais importante. Não existem outras emergências de grande porte além do hospital Azevedo Lima. Essa emergência está superlotada e impossibilitada de atender tantas demandas com a mesma quantidade de profissionais de saúde que existia quando funcionava a emergência do HUAP. Assim, a população de Niterói está sem atendimento público de emergência adequado. Até este momento, tentamos, sem sorte, sensibilizar o Diretor do HUAP, o Reitor e o Secretario de Saúde da cidade, com reuniões, atos, críticas, sugestões e reclamações.
Mas agora, diante dessa situação crítica, É INADMISSIVEL que a emergência continue fechada. Foi declarado o estado de calamidade na cidade, portanto nenhum hospital ou clínica da cidade pode negar atendimento, mas as autoridades da UFF continuam omissas. Centenas de feridos não têm atendimento e uma criança já morreu na porta do HUAP, pois só são recebidos os pacientes que chegam “referenciados”.
O próprio Jornal O Globo publicou, na sexta feira 09/04, matéria fazendo referência ao absurdo de que a cidade mais atingida pela catástrofe continue com esta emergência fechada. O SINTUFF realizou um ato na frente do HUAP, expressando a indignação dos trabalhadores e usuários que contou com o apoio explícito da população que passava.
Contrariando o óbvio, em nota oficial, a direção do HUAP tenta desmentir o publicado pelos jornais O GLOBO e EXTRA, quanto a emergência estar fechada há 3 anos.
Esta luta continua. PELA ABERTURA IMEDIATA DA EMERGENCIA DO HUAP!


Fonte:www.sintuff.org.br

SINDICATO DOS SERVIDORES DA UFF SE SOLIDARIZA COM AS VÍTIMAS DOS DESABAMENTOS

A culpa não é nossa, é dos governantes!


O Sintuff se solidariza com as famílias vítimas do descaso dos governantes. E, desde já, se soma à campanha de arrecadação de donativos aos desabrigados.
No dia 05/04, o presidente Lula se encontraria com o governador Sergio Cabral para celebrar mais uma inauguração de obras do PAC. Essa inauguração não aconteceu. A chuva torrencial deixou as obras do PAC e centenas de casas debaixo das águas, destruídas e desmoronadas. No entanto, o presidente e o governador se reuniram no Copacabana Palace para dar declarações à imprensa. Tristes declarações! Foram as mesmas desculpas que o governador Sergio Cabral repetiu para justificar a tragédia em Angra dos Reis: “a culpa é dos moradores das comunidades que residem em áreas de risco”. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, completou responsabilizando a natureza pelo desastre.

Descaso das autoridades é o verdadeiro responsável por essa catástrofe

As verbas do Ministério de Integração destinadas à prevenção de catástrofes têm sido minguadas. A auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes. Entre 2004 e 2009, dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% foram para o estado do Rio de Janeiro.

Cadê o dinheiro dos royalties que deveria ser investido em benefício da população?
Semanas atrás, o governador chorou diante das câmaras de TV apelando à sensibilidade da população, ameaçando de que se fosse retirado o dinheiro dos Royalties se produziria um caos no Rio. Pois o caos se produziu, ficando claro que nunca foi destinada verba do orçamento para melhorar a vida dos trabalhadores e do povo pobre, pois foram recebidos 7 bilhões ao ano durante cinquenta anos. Sergio Cabral foi capaz de chorar pelos royalties, mas não derramou uma lágrima pelas famílias atingidas pela catástrofe.
O governador pretende ressalvar sua responsabilidade, jogando a culpa na população pobre. Isto sim é uma COVARDIA. Uma grande parte dos moradores do estado constrói suas casas nos morros porque não têm alternativa, pois não existe nenhuma política para acabar com o déficit habitacional e garantir a construção de casas populares.
Os trabalhadores e moradores do estado do Rio de Janeiro passaram a noite em claro nos engarrafamentos, conseguindo chegar em casa somente na manhã do dia seguinte e sem saber como iriam encontrar seus familiares. Enfrentaram inundações e desabamentos em diversos pontos, com bueiros entupidos, lixo boiando e crateras que se abriam devido à força da água, poças de água que mais pareciam córregos e sob o risco de doenças como a leptospirose. Viram suas casas destruídas e o pior: parentes e amigos soterrados.
Portanto há culpados para essa calamidade que se abateu sobre nós: os governos federal, estadual e municipal.

Niterói: o exemplo máximo do descaso

A cidade de Niterói foi a mais atingida. Os desabamentos de encostas continuam. A cidade já registra mais de cem vitimas. A procura por desaparecidos continua e, a cada dia, são removidos novos corpos. Mais de 2500 pessoas estão amontoadas em abrigos sem condições adequadas de higiene e nenhuma perspectiva de solução.
Assim se desmascarou a farsa da “cidade sorriso”. O Prefeito Jorge Roberto Silveira, que perde horas em reuniões com os especuladores imobiliários e investe somas milionárias em obras e monumentos, não destinou nada para resolver os graves problemas de infra-estrutura da cidade, abandonando os setores mais pobres da população a sua própria sorte.
O inexistente Prefeito, depois de ficar escondido, dormir e acordar tarde como lhe é habitual, teve que acordar mais cedo e sair no terceiro dia de helicóptero para ver a catástrofe e anunciar o “estado de calamidade” da cidade. Uma catástrofe que poderia ter sido evitada se a Prefeitura tivesse colocado em prática os projetos de prevenção elaborados pela UFF. No ano 2006, a pedido da prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões, não implementado até hoje. Na ocasião, foram listados 142 pontos de risco de deslizamento, incluídos todos os que hoje desabaram. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de risco, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões dos R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.
Após esse estudo, nada foi feito para mudar essa situação com a consequência de dezenas de mortes e milhares de desabrigados.

O desabamento do Morro do Bumba teve um alerta ignorado pela prefeitura
O desabamento do Morro do Bumba é a catástrofe da morte anunciada. Mais de 60 casas e dezenas de corpos soterrados debaixo de uma montanha de lixo e lama. Quem visse as imagens na TV, confundiria e pensaria estar assistindo a catástrofe do Haiti. Mas era Niterói, a cidade que as autoridades consideravam das primeiras no ranking em “qualidade de vida”. A Prefeitura de Niterói pagou e ignorou análise encomendada, em 2004, à equipe de geólogos da Universidade Federal Fluminense (UFF). O relatório coordenado pelo geólogo Adalberto da Silva chamava atenção para o Morro do Bumba. “Infelizmente, não foi feita nenhuma obra de contenção ou campanhas educativas para retirar essas famílias de lá”, lamentou o especialista. O prefeito Jorge Roberto Silveira disse, durante visita ao local da tragédia, que desconhecia o estudo. “Ele não é obrigado a saber. Mas a equipe dele tinha o relatório. O que eu vi, me chocou. Pior foi saber que as autoridades foram alertadas e não agiram a tempo”, criticou o geólogo. Segundo ele, o solo do Morro do Bumba estava saturado e nem a presença de Mata Atlântica para absorver o excesso de chuva seria capaz de evitar o desmoronamento. “Existem outros terrenos, que não são lixões, e que também estão em risco. É um processo cumulativo. Não é por falta de conhecimento técnico que aconteceu esta tragédia”, disse.
O mais trágico é que o prefeito Jorge Roberto Silveira calcula gastar R$ 14 milhões para retirar famílias situadas em áreas de risco. O valor, que não inclui o Morro do Bumba, é bem menor que os R$ 19 milhões que serão repassados pelo Ministério do Turismo para a construção de uma torre panorâmica no Caminho do Niemeyer, conjunto de prédios na orla da cidade que foram projetados pelo arquiteto.
O prefeito disse que era criança quando o lixão foi desativado. “Foi há 50 anos, eu tinha apenas seis anos”, afirmou Jorge Roberto, ignorando a data correta, em 1986, conforme informado pela própria prefeitura. Portanto, três anos antes de tomar posse pela primeira vez. O cúmulo da hipocrisia.

Solução imediata para os desabrigados e familiares das vítimas

Frente à crítica situação, exigimos que os governos garantam imediatamente a infra-estrutura necessária e o auxílio às famílias desabrigadas. Que se garanta um abrigo decente, com água potável, comida e atendimento médico até que a situação seja resolvida.
É necessário remover imediatamente todas as famílias em áreas de risco, que se desenvolva de forma imediata um plano para cobrir o déficit habitacional em todo o estado, em especial na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói, as mais atingidas, com a participação da comunidade e do corpo técnico da UFF, no caso de Niterói. Deve-se garantir a construção de casas populares para todas as famílias desalojadas e as que morem em áreas de risco. Além disso, que seja elaborado um plano emergencial de obras na infra-estrutura das principais vias e nos bairros para amenizar os efeitos das chuvas.
FONTE: www.sintuff.org.br

Professores Portugueses: petição contra avaliação de desempenho em concurso

Uma petição com pelo menos dez mil assinaturas será entregue no ME para contestar a introdução da avaliação de desempenho como um critério para o concurso de colocação de professores que termina sexta-feira.

Em declarações à Lusa, neste domingo, o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse que o abaixo-assinado tinha recolhido até sexta feira à noite 8.044 assinaturas, acreditando que durante o fim de semana o número terá "certamente ultrapassado as 10 mil".

A Fenprof e os Sindicatos da Educação (FNE) contestam que a avaliação de desempenho seja um critério na elaboração da lista de graduação dos docentes no concurso anual para preenchimento das necessidades transitórias que teve início na segunda feira passada.

A entrega da petição está agendada para às 17h desta segunda-feira, estando previstas, em simultâneo, outras concentrações em frente das direcções regionais do Alentejo e do Algarve.

"A avaliação não deve poder ser considerada para este concurso, independente do que vier a acontecer no futuro quando a legislação for alterada, porque ela será e terá aqui uma influência muito negativa na ordenação dos candidatos e no acesso ao emprego", afirmou Mário Nogueira, defendendo que a actual situação irá criar "grandes injustiças" e "grandes descriminações".

Para o líder da Fenprof, o que está em causa é "fazer justiça" e "rigorosamente mais nada".
"Não estamos a negociar nada, não estamos a alterar diplomas legais, não estamos a alterar legislação, (…) queremos sim que as coisas corram de uma forma justa e que o acesso ao emprego por parte dos professores tenha lugar através de um concurso que seja justo e que se perceba que o contexto em que essa avaliação decorreu não é possível de ter depois consequências no emprego e no acesso ao emprego", frisou.

Mário Nogueira afirmou também que a contestação não ficará por aqui, avançado que durante esta semana, em princípio na próxima quarta-feira, os representantes dos professores vão entrar com acções em tribunal para travar "este disparate", acção que poderá passar por uma providência cautelar.
"Pretendemos que a acção possa ser mesmo uma providência cautelar e é isso que está a ser trabalhado pelos nossos juristas. Teremos de ver se a acção adequada para aquilo que está em causa é uma providência cautelar ou uma acção de outro tipo", esclareceu.

Em reacção às declarações da Ministra da Educação, que reafirmou neste sábado, em Évora, que a avaliação de desempenho vai contar para o concurso de colocação de professores, o líder da Fenprof afirmou que "a teimosia retira a lucidez às pessoas", concluindo que a actuação de Isabel Alçada está "ao nível do que durante quatro anos e meio foi feito pela sua antecessora".

FONTE: Bloco de Esquerda

Estudantes na UNAMA se mobilizam pela redução da mensalidade

Na última sexta-feira, 16/04, depois da mesa de movimento estudantil do Encontro Regional dos Estudantes de Serviço Social, cerca de 300 estudantes realizaram uma mobilização na Universidade da Amazônia (UNAMA) pela redução da mensalidade na universidade. O centro da pauta era a mensalidade do curso de serviço social que é a mais cara do curso na região norte. Os estudantes ocuparam o hall da reitoria e depois de protocalada a pauta fecharam a Alcindo Cacela, rua em frente a universidade.

Além do DCE da UNAMA  e do Centro Acadêmico de Serviço Social, estiveram presentes várias outras entidades como e ENESSO (Executiva Nacional do Estudantes de Serviço Social), ENECOS (Executiva Nac. dos Estudantes de Comunicação Social), DCE da Esácio FAP, CACOS-Estácio FAP, CACOM-UNAMA, DCE UFPA, Coletivo Vamos à Luta e ANEL.


Sexta de Abril vermelho no ME do Pará
 
A sexta-feira no Pará foi um dia muito rico de mobilização. Enquanto a pauta na UNAMA era a redução da mensalidade, a faculdade de ciências sociais da UFPA foi ocupada em defesa de qualidade pro curso e o CACOS da FAP está programando uma resposta a mobilização contra as  taxas que começamos ano passado.

Nacionalmente tivemos recentemente a mobilização na UFMT e nesse momento acontece o FENEX como importante espaço de articulação da unidade do movimento estudantil a partir da luta real.

Esse fatos nos mostram que existe um grande espaço para a construção de um novo movimento estudantil que supere a forma burocratizada de organização que é hoje a UNE. Esse novo movimento entretanto surge das lutas e das pautas objetivas que temos para atuar em comum em defesa de uma educação de qualidade, seja a partir das lutas na pagas contra mensalidades e taxas, seja nas públicas contra a precarização do ensino. 
abços e bjos

Vamos à Luta!!!!

Júlio Miragaia
DCE Estácio-FAP
ENECOS Regional Norte
Juventude Vamos à Luta-Pará!!!

Estudantes e PM em confronto antes de eleição para governador do DF

Manifestantes e policiais militares entraram em confronto neste sábado em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal, que realiza hoje eleições indiretas para eleger o novo governador do DF. Contrários às eleições indiretas, um grupo de mais de cem estudantes tentou invadir a sede do Legislativo do DF e foi contido pelos policiais --o que deu início ao tumulto.
 
Pelo menos três manifestantes e um policial ficaram feridos durante a confusão, e dois estudantes foram presos pela Polícia Militar. O estudante de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília), Sólon Carvalho, foi levado ao serviço médico da Câmara Legislativa com ferimentos na cabeça. O jovem será encaminhado a um hospital para atendimento médico. "Eu caí no chão e a polícia começou a me bater", afirmou o estudante.

Um dos policiais foi atingido por uma pedra na altura do ombro, e também seguiu para atendimento médico. A Polícia Militar instalou barreiras para conter os manifestantes, mas um grupo de cerca de 30 conseguiu chegar em frente à Câmara Legislativa para protestar contra as eleições indiretas.

O advogado Márcio Freitas Filho, ferido durante a confusão, disse que foi atingido pelos policiais ao ajudar um colega que também estava caído no chão. "Eu vim acompanhar a manifestação para atingir abusos que firam os direitos humanos. Um policial veio para cima do estudante sem controle, me empurrou, caí e me machuquei", afirmou.

Os policiais, por sua vez, afirmam que os estudantes deram início ao confronto jogando paus e pedras sobre os militares, o que obrigou o grupo a reagir. A PM pediu reforço do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do DF para conter os manifestantes --que não conseguiram invadir a sede do Legislativo local.

16/04/2010

Moradores protestam por moradias em Niterói-RJ


Representantes de dez comunidades atingidas pelos deslizamentos participaram de ato. Parentes acenderam velas em memória aos mortos.


Moradores de dez comunidades atingidas pelos deslizamentos provocados pela chuva em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, se reuniram na noite desta quinta-feira (15), em frente à prefeitura, para pedir a construção de moradias e soluções para as áreas afetadas.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 400 pessoas participaram do ato. No entanto, os organizadores do movimento afirmaram que o número de manifestantes chegou a mil.
Os líderes comunitários fizeram uma lista de reivindicações e apresentaram para os secretários de Habitação, Assistência Social, Integração Comunitária e de Governo. O prefeito Jorge Roberto Silveira não participou do encontro.

Ao som do funk “Eu só quero ser feliz”, os manifestantes caminharam pelas principais ruas do Centro de Niterói. O trânsito ficou complicado em algumas vias, como a Avenida Amaral Peixoto e a Rua da Conceição.

Em frente à sede da prefeitura, os parentes das vítimas dos deslizamentos estenderam cartazes, acenderam velas e jogaram rosas em memória aos mortos na tragédia.

Justiça suspende leilão de Belo Monte,o Governo Lula quer entregar os recursos naturais do Brasil

Justiça suspende leilão de Belo Monte; multa fica em R$ 1 mi

 
Atualizada às 20h34

A Justiça Federal determinou em medida liminar nesta quarta-feira a suspensão da licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), e o cancelamento do leilão, marcado para a próxima terça, dia 20. Em caso de descumprimento da decisão, as empresas notificadas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) estão sujeitos à multa de R$ 1 milhão, a ser revertido para os povos indígenas afetados.

A Aneel foi contatada e nenhum representante foi encontrado para comentar a decisão. Já a Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que vai recorrer, segundo informações do Jornal Nacional. A decisão ainda é passível de recurso perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

O juiz Antonio Carlos de Almeida Campelo concedeu a liminar por ver "perigo de dano irreparável" com a licitação. Segundo informações da Procuradoria da República no Pará, a decisão foi tomada após duas ações civis públicas feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) que denunciava supostas irregularidades do empreendimento. Entre elas, o "aproveitamento de potencial hidráulico em terras indígenas", que necessitaria da edição de lei ordinária para isso.

Além de suspender a licença prévia e cancelar o leilão, a liminar segue outras medidas solicitadas pelo MPF. Entre elas, que o Ibama se abstenha de emitir nova licença, que a Aneel se abstenha de fazer novo edital e que sejam notificados o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as empresas Odebrecht, J Malucelli Seguradora, Fator Seguradora, UBF Seguros, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Vale.

O MPF aguarda ainda julgamento de outro processo, também da semana passada, em que questiona irregularidades ambientais na licença concedida à Belo Monte.
A usina hidrelétrica de Belo Monte, que deverá ser a terceira maior do mundo, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas, tem investimentos previstos de R$ 19 bilhões e o preço-teto de R$ 83 por MWh. Vence o leilão quem oferecer o maior deságio.

O empreendimento tem entrada de operação prevista para 2015 (1ª fase) e 2019 (2ª fase), e terá capacidade instalada de 11 mil MW, com garantia física de 4.571 MW médios.

14/04/2010

DEMOCRACIA E NOVA FORMA DE INGRESSO NA UFSM
 
Há alguns dias, a comunidade acadêmica foi surpreendida com uma proposta de mudança da forma de ingresso na UFSM, que a Reitoria tenta aprovar a toque de caixa, sem o devido debate. Em artigo publicado neste jornal, no dia 12 de abril, o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Orlando Fonseca, coloca que a proposta foi apresentada à comunidade acadêmica em audiências, entretanto, a democracia com que se deu o processo é uma falácia. As audiências, que ocorreram em 6 Centros (e não 7, como afirma Fonseca) foram propositadamente esvaziadas pela reitoria, pela  precária divulgação das mesmas. A UFSM dispõe de um banco de dados, através do qual todos os acadêmicos, professores e funcionários poderiam ser avisados, via e-mail, das reuniões, mas isso não ocorreu. Além disso, foram totalmente alijados dos debates o CCS e o CCSH, sendo que o segundo abriga alguns dos cursos historicamente mais propositivos e combativos da UFSM. O Prof. Fonseca também afirma em seu artigo que esteve presente em debate na sede da SEDUFSM, mas esquece de dizer que, após breve apresentação da proposta, ele e o Vice-Reitor se retiraram sem participar do debate real.
Nós, do MCC, acreditamos que uma mudança como essa só pode ocorrer com base em um debate exaustivo e universal, que englobe não só a comunidade acadêmica, mas a sociedade em geral, principalmente os diretamente interessados, como movimentos sociais, movimento estudantil, sindicatos de trabalhadores (em especial os trabalhadores em educação), associações comunitárias, grêmios estudantis, etc.
Assim, conclamamos a população a se manifestar contra a aprovação da atual proposta da Reitoria, a reivindicar um amplo e aprofundado debate sobre a questão do ingresso na UFSM, defendendo uma proposta que contribua para a construção da universidade que queremos, e também pela democratização dos órgãos decisórios da instituição (como o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que julgará o mérito da proposta), cujos estatutos - heranças do período ditatorial brasileiro - permitem que decisões sejam tomadas de forma anti-democrática, por uma cúpula que detém em suas mãos o poder de determinar os rumos da universidade.

Ciro Oliveira
Diretório Acadêmico das Ciências Sociais e Sociologia
Movimento Construção Coletiva - MCC

  FONTE:http://www.mcc-sm.blogspot.com/

11/04/2010

Rio de Janeiro: Solidariedade à população vitima das enchentes.
 
Os últimos dias têm se convertido em um verdadeiro pesadelo para a população do Rio de Janeiro. A forte chuva que caiu sobre o estado, na segunda-feira dia 05 de abril, teve um efeito devastador, deixou a população em pânico e um saldo de mais de 150 vitimas até agora e mais de 13 mil desalojados.
Foi uma das maiores chuvas dos últimos tempos; em apenas um dia choveu o dobro da média esperada para o mês de abril, atingindo 280 milímetros de água. É um fato que ninguém poderia impedir que a chuva caísse, mas é um fato também que uma catástrofe, desse nível, poderia ter sido evitada, caso tivesse um alerta das autoridades competentes e uma política de prevenção e investimentos em infra-estrutura que evitassem a imensa perda de vidas humanas.
 
O descaso das autoridades é o verdadeiro responsável por essa catástrofe.
 
 As verbas do Ministério de Integração destinadas a prevenção de catástrofes tem sido minguadas. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes.  Entre 2004 e 2009 dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% desse montante foram destinados ao estado do Rio de Janeiro. Infelizmente o Presidente Lula e o governador Sérgio Cabral fez uma declaração culpando tão somente a ocupação desodernada das encostas, o governador Sergio Cabral repete a mesma desculpa usada para justificar a tragédia em Angra dos Reis: a culpa é dos moradores das comunidades que residem em áreas de riscos. Enquanto o prefeito do RJ Eduardo Paes responsabiliza a natureza e o Prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira declara que nada se podia fazer.
Uma grande parte dos moradores do estado constroem suas casas nos morros, porque não tem alternativa, pois não existe nenhuma política para acabar com o déficit habitacional e garantir a construção de casas populares. E o que fizeram os sucessivos governos estaduais e municipais? Cadê o dinheiro dos royalties que deveria ser investido em benefício da população?
Nós, trabalhadores e moradores do estado do Rio de Janeiro ficamos horas e passamos a noite em claro nos engarrafamentos, conseguindo chegar em casa somente na manhã do dia seguinte e sem saber de fato como íamos encontrar nossos familiares. Enfrentamos inundações e desabamentos em diversos pontos, com bueiros entupidos, lixo boiando e com crateras que se abriam devido a força da água. Enfrentamos poças de águas, que, mas pareciam córregos, correndo o risco de pegar doenças como leptospirose. Vimos nossas casas destruídas e o pior: nossos parentes e amigos soterrados. Nós sabemos muito bem quem são os verdadeiros responsáveis por essa calamidade que se abateu sobre nós: os governos federal, estadual e municipais, que nada fazem para resolver nossos reais problemas, que desviam os recursos que deveriam se investidos em infra-estrutura, limpeza de bueiros, em projetos de drenagem,  em política habitacional de construção de casas populares para as famílias de baixa renda, entre outros.
 
30 pontos de desabamentos somente em Niterói.
 
A cidade de Niterói foi a mais atingida, ao menos, foram registrados 30 pontos de desabamentos de encostas em toda a cidade, resultando em 79 vitimas. A procura por desaparecidos continua e a população segue em estado de alerta, pois permanece o risco de novos desabamentos.
Esta crítica situação coloca às claras o descaso do governo do Niterói. No ano 2006, a pedido da Prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões que não foi implementado.  Na ocasião foram listados 142 pontos de risco de deslizamento. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de rico, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões do R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.
Após esse estudo nada foi feito para mudar essa situação, as dezenas de mortes poderiam ter sido evitadas caso o poder público tivesse colocado em prática o projeto de prevenção. 
Nesta quarta-feira dia 07 de janeiro, a direção do SINTUFF esteve visitando várias áreas dos morros de Niterói e vimos de perto à situação dramática dos moradores. As cenas eram chocantes, pessoas desabrigadas esperando uma ajuda que não chegava. A reclamação era a mesma: estamos esperando que as autoridades venham nos ajudar, mas até agora nada. Os próprios moradores retiravam os entulhos e até os corpos das vitimas de baixo dos escombros, a solidariedade entre os moradores nos comoveu. Falta comida, água potável e remédios. No morro 340, a população revoltada e como forma de protesto reteve o único carro da defesa civil presente no local.
Ainda estamos fazendo um levantamento dos trabalhadores da UFF vitimas dessa situação, pelo pouco que sabemos muitos tiveram vitimas entre seus parentes, casas destruídas, perdendo todos os seus pertences ou tiveram que sair as presas de suas residências, temendo por suas vidas. 
Exigimos também que se abra à emergência do Hospital Antônio Pedro para o atendimento de toda a população vitima das enchentes. Que o restaurante universitário seja aberto à população desabrigada e que a universidade disponha de locais para abrigar as pessoas que perderam suas casas. Já entramos em contato com a reitoria da UFF para que seja abonado o ponto de todos os servidores e todos trabalhadores terceirizados da universidade, que nesses dias não tiveram condições de trabalhar devido à chuva.
 
Toda ajuda humanitária a população desabrigada.
 
Prestamos toda a nossa solidariedade a todos que tiveram familiares mortos nessa tragédia. Somamos-nos a dor dessas famílias, que perderam seus entes queridos de uma forma tão brutal. Estaremos montando na sede do Sintuff, postos de coletas para arrecadar: alimentos, roupas e medicamentos, que serão destinados às famílias desabrigadas.
Exigimos do governo estadual que se decrete estado de calamidade e que se garanta a infra-estrutura necessária e o auxilio as famílias desabrigadas. Que se garanta um abrigo decente, com água potável, comida e atendimento médico as famílias até que a situação seja resolvida.
É necessário remover imediatamente todas as famílias em áreas de riscos, não podemos admitir que aconteça mais uma tragédia como a do morro do bumba em Niterói, aonde se estima que 60 casas tenham sido soterradas. Essa tragédia poderia ter sido evitada, caso a prefeitura de Niterói tivesse feito a remoção dessas famílias.
Que se desenvolva de forma imediata um plano para cobrir o déficit habitacional em todo o estado, em especial na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói, as mais atingidas, com a participação do corpo técnico da UFF, no caso de Niterói e da comunidade. Garantindo a construção de casas populares a todas as famílias desalojadas e as que moram em áreas de risco. Junto com um plano emergencial de obras de infra-estrutura nas principais vias e nos bairros para amenizar os efeitos das chuvas.
 
COORDENAÇÃO DO SINTUFF
Coletivo Vamos à Luta!
“Do caos à lama”
Nota sobre a situação no Rio de Janeiro.
 
O Caos!
 
Estamos vivendo dias de caos no estado do Rio de Janeiro. Desde a noite da última segunda-feira (05/04) o Rio tem sofrido com fortes chuvas que abalaram todo o seu funcionamento. Desde o incômodo de pessoas com dificuldade de locomoção até milhares de desabrigados e desalojados, e pior ainda, até agora são 179 mortos. Este último número, infelizmente, irá subir nas próximas horas.
A região metropolitana foi a mais afetada, mas cidades da baixada como Nilópolis, da região dos lagos como Maricá, Araruama e Saquarema, dentre outras, também foram atingidas. As situações mais graves são as de Niterói, da capital e de São Gonçalo.
Em Niterói já são mais de 75 mortos e é onde o número mais tende a subir. No morro do Bumba, estima-se que pelo menos 200 pessoas possam estar debaixo dos escombros. Fora isso, no Morro do Estado, no Palmeiras e em outras localidades há também muitas vítimas.
Muitos lugares ainda estão sem luz e sem água. As aulas estão paralisados e muitos trabalhadores não conseguem chegar ao seu local de trabalho. Aos poucos, as cidades tentam voltar ao “normal”.
 
 
A lama!
 
Na manhã de terça, Lula esteve no Rio com Sérgio Cabral e Eduardo Paes para a inauguração do “PAC das comunidades” no Morro do Alemão. A inauguração não ocorreu porque a obra também estava debaixo d`água. Quando provocados por jornalistas todos eles tentaram colocar a culpa na natureza. Mas não apenas isso, foram além, e culpabilizaram a população pelo que estavam vivendo. No raciocínio de Cabral, Lula e Paes, a culpa pelas mortes e pelos desabrigados é justamente dos que morreram e dos que estão desabrigados, porque “escolheram morar em áreas de risco”.
Cabral que chorou por conta da emenda dos Royalties faz pouco caso da tragédia social pela qual o Rio está passando hoje.
Por trás desses discursos, há a tentativa de se eximir da responsabilidade por tantas mortes e sofrimento. Os verdadeiros culpados por tudo isso são em primeiro lugar Lula, Cabral, Eduardo Paes, Jorge Roberto Silveira e todos os demais prefeitos das cidades atingidas. Aos fatos:
 
1 - As verbas do Ministério de Integração destinadas a prevenção de catástrofes tem sido minguadas. O relatório da auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que os recursos distribuídos e efetivamente aplicados são insignificantes. Entre 2004 e 2009 dos R$ 358 milhões destinados a essa rubrica, apenas 0,65% desse montante foram destinados ao estado do Rio de Janeiro. E dados do “Contas Abertas”, mostram que desde o início do ano até  nenhum centavo veio para o Estado do Rio;
 
2 – Cabral está no seu 4º ano de governo. O Estado do Rio recebe só de Royalties da exploração do petróleo anualmente 5 bilhões de reais. Em 4 anos são 20 bilhões. Não há nenhum programa do Governo Estadual de moradias para a população. A única medida que Cabral tentou efetivar foi a de “cercamento das favelas” para que novas moradias não fossem construídas.
 
3 – No caso de Niterói, o descaso do governo também é bastante nítido. No ano 2006, a pedido da Prefeitura, o Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense elaborou um plano de prevenção de riscos de deslizamentos e enchentes com custo estimado em R$ 44 milhões que não foi implementado. Na ocasião foram listados 142 pontos de risco de deslizamento. Segundo o jornal O Globo (08/04/2010), “o projeto contrasta com o orçamento da Prefeitura para as ações de drenagem e intervenções em áreas de risco, que prevê gastos de apenas R$ 13,7 milhões do R$ 878 milhões das receitas municipais deste ano.”
 
É por isso que afirmamos que as causas desse caos que estamos vivendo não são naturais. São políticas e sociais. Ficam claras as fragilidades em relação à habitação, saneamento básico, escoamento de águas pluviais, planos de emergência, saúde pública, etc.
 
A UFF tem que ajudar!
 
Estamos pressionando a Reitoria da UFF para que utilize suas possibilidades para ajudar as pessoas. Estamos exigindo: reabertura imediata da emergência do HUAP; liberação de espaços da Universidade para servirem de abrigo; abono de faltas de todos os funcionário efetivos e terceirizados destes dias e; liberação do bandejão para alimentação da população atingida.
 
 
Vamos à Luta!
 
A tarefa da juventude neste momento difícil deve ser a de cobrir de solidariedade à população de todo o Rio. Devemos construir comitês de coleta de donativos: alimentos, água, roupas, colchões, remédios, etc. Estamos ajudando diariamente no ponto de coleta de doações do HUAP. Quem quiser vir ajudar será muito bem vindo! Estamos organizando brigadas e indo aos lugares atingidos. Quando as aulas voltarem, temos que fazer isso também em nossos campi. Mas temos que ir além. O que nos difere do assistencialismo é justamente nossa ação política. Esta manhã estivemos na Assembléia dos moradores do Morro do Estado, onde estavam além dos moradores, várias entidades como o SINTUFF e o DCE da UFF. Deliberou-se a realização de uma grande manifestação pública em Niterói, no próximo dia 15/04 (quinta-feira) contra o descaso dos governantes. Temos que ajudar a construir este grande ato para pedir a cabeça dos verdadeiros culpados pelo caos.
 
    Coletivo Estudantil “Vamos à Luta!”
 
               Juninho: juninho.uff@gmail.com (21) 9394-6339
               Bárbara Sinedino: barbara2870@yahoo.com.br (21) 8873-6479
               Ciane: ciane.rodrigues@hotmail.com (21) 8546-8373
                Rafael Lazari: lazari.rafael@gmail.com (21) 7119-4732
                Marco Antônio “Amapá”: marcounifap@yahoo.com.br (21) 8691-9607
               André “Kbça”: andretertuliano@gmail.com (21) 9298-2282
 

09/04/2010

Mostra de Cinema do coletivo LGBT UFRGS



A mostra de cinema promovida em parceria entre o Coletivo LGBT da UFRGS e a Sala Redenção será uma atividade de extensão e, como tal, gerará créditos aos(às) participantes. As sessões têm entrada franca e a atividade também dará direito a certificados pelos quais será cobrada a taxa regular da UFRGS.


Para conseguir os créditos e o certificado, será necessário participar das sessões comentadas que acontecerão durante a mostra. Confira abaixo a programação das sessões comentadas e agende-se!


Santiago (Brasil, 2007, 79min) de João Moreira Salles
09 de abril – 19h
Debatedor: Paulo Faria, professor do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS


Filadélfia (Philadelphia, Estados Unidos, 1993, 128 min) de Jonathan Demme
16 de abril – 19h
Debatedor: Henrique Caetano Nardi, professor do Departamento de Psicologia Social e Institucional do Instituto de Psicologia da UFRGS.


Um amor quase perfeito (Le fati ignoranti,2001, 105min) de Ferzan Ozpetek
22 de abril – 19h
Debatedores: Tânia Cardoso, Coordenadora e curadora Sala Redenção e Alexandre Bello, doutorando em Educação pela UFRGS.


 Wilde (Wilde, Reino Unido, 1997,118 min) de Brian Gilbert
  23 de abril – 19h
Debatedor: Roger Raupp Rios, Juiz Federal e Corregedor da Justiça Federal da Quarta Região.

Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre, Espanha, 1999) de Pedro Almodóvar
30 de abril – 19h
Debatedora: Kathrin Holzermayr Rosenfield, professora do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS

toda a programação aqui


FONTE: http://coletivolgbtufrgs.blogspot.com/










































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07/04/2010

Mário Maestri fala sobre o Haiti parte.3

Mário Maestri fala sobre o Haiti parte.2

Mário Maestri fala sobre o Haiti parte.1

Não ao parque tecnológico!!!!!

Carta aos colegas estudantes, professores e funcionários da UFRGS

Desde o início do ano, nossa universidade esteve pautada pela discussão acerca do projeto de Parque Tecnológico da UFRGS. E às vésperas de sua votação no próximo CONSUN, que será nesta sexta-feira dia 9 de Abril, é necessário fazer uma breve avaliação a fim de reunir as conclusões de nossa luta e armar nossa ação para o dia 9.

Considerando:

1 Que o projeto de Parque Tecnológico da UFRGS consiste na abertura das portas da universidade em vista de atender às demandas das empresas que se alocarão e farão uso dos recursos técnicos materiais e humanos da universidade. Além de promover a cultura do empreendedorismo e da competitividade no ceio de uma instituição pública. E, portanto, um passo em frente à privatização da UFRGS. E vimos os resultados das privatizações na Saúde, Educação, Segurança pública e outros setores sociais, que hoje se encontram em sucata.

2 Que o projeto UFRGS - Tec. está em conformidade com a concepção de educação defendida e aplicada pelo Governo Lula em suas diversas expressões, no caso do parque, amparado pela Lei de Inovação Tecnológica e que, em vista disso, faz parte de um projeto mais global de sucateamento dos serviços públicos e privatizações, vinculado ao Banco Mundial e ao FMI.


3 Que o debate feito ao longo deste mês foi fruto de uma vitória do movimento organizado, e, em vista disso, se deu à revelia da reitoria, cuja postura sempre foi de cercear a discussão, inclusive apelando para a violência física contra os estudantes que exigiam um maior debate e democracia.

4 Que apesar de ser possível identificar a mudança de algumas expressões utilizadas pela reitoria ao argumentar sobre o Parque , não vislumbramos alterações de conteúdo do projeto que, de fato, mudem seu caráter inicial.

5 Que, embora uma vitória arrancada à força pelo movimento, os debates não serviram para efetivar a construção coletiva do projeto, tanto pela composição da mesa, quanto pelo fato de não serem deliberativos. No final das contas quem decidirá será o CONSUN, que além de tudo funciona por 70% 15%/15%!

6 Que neste caso não há como conciliar os interesses do povo e da comunidade acadêmica com os das empresas, sejam grandes ou pequenas, multinacionais ou nacionais. Hoje vemos e vivemos problemas seríssimos em nosso estado e país como o avanço da dengue e as enchentes, apenas para exemplificar. Enquanto a Universidade Pública deveria debruçar-se sobre estes problemas, o Parque Tecnológico não servirá à população que convive com isto, servirá apenas para maximizar o lucro de meia dúzia de empresas. E não há emenda que consiga transformar substancialmente o projeto, uma vez que sua essência consiste, e vai continuar consistindo, na privatização, na perda da autonomia de pesquisa, na abertura de outra fundação de apoio, na concepção de extensão como prestação de serviços e etc.

7 Que além de tudo, o projeto UFRGS-Tec não resolve o problema do acesso à universidade pública, não resolve as filas do RU, a falta de professores, funcionários, livros, assistência estudantil e etc. E que estes são assuntos muito mais urgentes. Os quais a reitoria e a comunidade acadêmica deveriam se debruçar com mais prioridade.

Chamamos a tod@s os estudantes e trabalhadores a comparecer em frente à reitoria para manifestar nosso repúdio e barrar este parque!

Contra a privatização da UFRGS!

Queremos verba pública para financiar a pesquisa autônoma e voltada para a maioria da população! 10% do PIB para a educação! 50% dos recursos gerados pelo pré-sal para a educação! Por extensão e assistência estudantil de verdade, não prestação de serviços, não somos mão-de-obra barata! Paridade nos conselhos já! O CONSUN antidemocrático não pode votar o parque! Pela revogação da Lei de Inovação Tecnológica do Governo Lula! Tecnologia para acabar com as filas do R.U! Abaixo a Reforma Universitária de Lula e FMI!

Compareça ao CEB auto-convocado dia 07 de Abril local na FACED sala 601 as 18:30! E venha se MANIFESTAR dia 9 NA REITORIA!

DAEFi – Juventude Vamos à Luta – Coletivo Pode Chegar - Juventude Alternativa Socialista

02/04/2010

professores de São Paulo

ASSEMBLÉIA-GERAL MANTEM A GREVE!!
É GREVE ATÉ A VITÓRIA!!!!