22/04/2010

parque tecnológico


Juventude Vamos à Luta
Balanço e perspectiva sobre o debate do Parque Tecnológico

Neste dia 9 de abril, o anti-democrático CONSUN(Conselho Universitário), composto por 70% de professores, 15% de funcionários e 15% de estudantes, aprovou o parecer de que a UFRGS terá um Parque Tecnológico sob a justificativa de “ampliar a relação universidade-empresa” e “fortalecer a competitividade das empresas”. Esta aprovação ainda se deu com um mega-operativo montado pela Polícia Federal a pedido da Reitoria, com o objetivo de intimidar qualquer tipo de manifestação democrática. Um parecer apoiado em idéias e projetos do Governo de Lula, como as “Parcerias Público-Privadas(PPPs)” e a “Lei de Inovação Tecnológica”, ambas seguindo a lógica privatista que o Governo Federal tem aplicado nas universidades e nos serviços públicos do Brasil.

Temos certeza de que esta votação não reflete o sentimento de centenas de estudantes que participaram dos debates(audiências públicas, assembléias, etc.) sobre o Parque. Debates estes conquistados com luta, quando o movimento estudantil barrou a reunião do CONSUN em 5 de março(em plenas férias escolares), apesar da reitoria buscar, através da segurança, espancar cada manifestante, mostrando a verdadeira face ditatorial do reitor Alex. A maioria das falas dos debates refltiam que o conhecimento da universidade não pode ser aproporiado por meia-dúzia de grandes empresas. Nós, da Juventude Vamos à Luta, propusemos que este parecer fosse debatido amplamente na Universidade e que fosse decidido a partir de um plebiscito paritário(33% professores, 33% funcionários, 33% estudantes), o que não foi aceito pela reitoria.

Nosso conhecimento deve servir para combater os graves problemas sociais do Brasil

Porém, apesar do parecer do Parque ter sido aprovado, temos certeza de que o debate segue em aberto.  

Por mais que tenhamos que seguir denunciando o parecer, não podemos nos furtar de debater o regimento do Parque.

No debate de regimento o movimento estudantil combativo da UFRGS deve apontar com clareza que nosso conhecimento deve estar atento em como a Universidade ajuda a combater os problemas sociais existentes no país, e não em como a Universidade deve servir para gerar mais lucro para meia-dúzia de empresários.  Apenas para exemplificar, tragédias como as do Rio de Janeiro mostram que o problema da moradia é seríssimo e vem inclusive matando nosso povo. Hoje somente em Porto Alegre, temos 700 famílias que vivem em áreas de extremo risco de desabamento. Como a Universidade pode produzir conhecimento para resolver este tipo de problema é, em nossa opinião, o centro do debate.

DCE-Livre: Mais uma vez um papelão!

O DCE-Livre mais uma vez mostrou para que veio. Enquanto 150 manifestantes estendiam faixas contra a proposta da reitoria, o DCE levou 11 “estudantes” para manifestação a favor do Parque Privastista! Enquanto isso anunciou que a Gerdau, multinacional exploradora da mão-de-obra dos trabalhadores, doou 30 mil para a gestão do DCE! Um verdadeiro escândalo. Mas como “quem paga a banda escolhe a musica” o DCE estava lá, apoiando a Polícia Federal e a repressão por parte da reitoria.

Aprofundar o debate com o conjunto de estudantes

Vemos que a tarefa primordial neste momento para o movimento estudantil da UFRGS é levar o debate para o conjunto de estudantes de cada curso, fazendo assembléias e debates.

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