29/06/2010

artigo de opinião

Mãos ao alto, professora


JUREMIR MACHADO DA SILVA

As palavras mudam de sentido. Muda uma letra, ou duas, e muda tudo. Craque virou crack. Vida de professor transformou-se em atividade de alto risco. Uma professora foi assaltada, em Porto Alegre, dentro da sala de aula, por um adolescente armado com um revólver enferrujado, calibre 32. O guri era ex-aluno da escola. Houve um tempo, perdido nas brumas do passado, em que professores e salas de aula eram sagrados. Levava-se maçã para a professora. Muitas vezes, a professorinha era o primeiro amor, idealizado, impossível, platônico, de um menino. A sala de aula era o lugar da autonomia do mestre, um templo, um palco, a esfera maior do conhecimento. Acabou.

As balas de hoje destinadas aos professores são de revólver. A situação é tão melancólica, para bem e para mal, que o assaltante não tinha munição. Roubou R$ 10,00 da professora. Essa quantia diz muito, diz tudo, grita como o sintoma de uma doença grave, um mal que está aí, bem aí, mas vai sendo empurrado com a barriga. Talvez a professora assaltada seja uma pessoa sensata, aos 58 anos de idade, e não vá para a escola com muito dinheiro na bolsa. Ou quem sabe, escolada, como todos nós, carregue apenas o dinheiro do transporte e o dinheiro do ladrão. Mais provável é que uma professora, na metade do mês, não tenha mais do que R$ 10,00 para carregar no bolso. Esse é o estado das coisas, o estado ao qual chegamos, o caos.

E os governos, que ainda não fizeram a parte deles, não garantiram sequer a integridade dos professores, desandam a falar em meritocracia, transferindo para os professores, que ganham pouco e são agora assaltados dentro das salas de aula, a responsabilidade pela falência do sistema. Ao defender a tal meritocracia, os tecnocratas e os políticos, falsamente racionalistas, estão dizendo que se algo vai mal é por culpa da preguiça ou da incompetência dos professores. Essa é uma das maiores infâmias destes dias melancólicos em que, paradoxalmente, fala-se em sociedade da informação, mas se faz do saber uma categoria de quinta classe. Escolinha como objeto de desejo de pais e alunos, só de futebol. Nelas, talvez o mestre ainda seja respeitado e receba doces. Nem que seja por medo de se perder lugar no time.

Eu ainda sonho com um Brasil voltado para a escola como espaço sagrado. Isso só acontecerá a partir do momento em que se considerar o ensino como primordial e os salários forem melhorados a ponto de alterar a vida cotidiana e cultural dos mestres. Um professor precisa ganhar o suficiente para comprar livros todo mês, ir ao cinema, ao teatro, a shows, a bons restaurantes, viajar e sempre ampliar horizontes. Quem não valoriza, não pode cobrar desempenho. Mesmo assim, como se diz popularmente, os professores desempenham, "na moral". Sonho com o dia em que será impossível um ex-aluno ou um aluno apontar uma arma para uma professora. Por respeito, por veneração, por amor. Ou, cinicamente, sonho com o dia em que, ao menos, a professora terá R$ 50,00 na sua bolsa.

JUREMIR MACHADO DA SILVA é professor e jornalista
 
* Artigo publicado no Jornal Correio do Povo, edição do dia 17 de junho de 2010.

Vamos à luta Pará e Unidos pra Lutar

Redução da tarifa é fruto de ação do SINTSEP-PA, SINTRAM e DCE UNAMA

O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Elder Lisboa Ferreira da Costa, concedeu tutela antecipada ao Ministério Público Estadual (MPE) determinando a redução dos preços das passagens de ônibus para R$ 1,70 em Belém. O descumprimento da decisão implicará em multa diária de R$ 10 mil para a Prefeitura.
Esse processo começou em 5 de fevereiro, quando o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado do Pará (SINTSEP-PA), o Diretório Central dos Estudantes da UNAMA (DCE UNAMA) e o Sindicato dos trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM) pediram ao MPE que fossem tomadas providências sobre o aumento abusivo da tarifa e as péssimas condições de transporte público na Região Metropolitana. Essa solicitação foi feita todos os anos, desde 2007, pela assessoria do SINTSEP-PA e finalmente foi atendida esse ano. Comprova-se que temos razão. Essa iniciativa partiu do UNIDOS pra LUTAR, corrente sindical nacional que atua no SINTSEP-PA e SINTRAM e do Vamos à Luta, corrente estudantil que atua no DCE UNAMA.
Nossa solicitação ocorreu porque todos os anos os empresários assinam documentos se comprometendo em renovar a frota e sempre descumprem a lei. Sem falar que o aumento concedido foi abusivo. A inflação do período era 5%, mas Duciomar e Helder concederam 8,82%. Isso desrespeitou o que determina a Lei Orgânica do Município de Belém e não corresponde com o Poder Aquisitivo da população. Ao mesmo tempo não há melhorias para os trabalhadores rodoviários, que sofrem com baixos salários e com constantes assaltos. Para piorar tentam reduzir direitos, como a tentativa de retirar a meia em Ananindeua.
Ato público:
Quando? Quarta
Onde? Concentração em frente ao Deodoro de Mendonça e ao Ulisses Guimarães (José Malcher)
Hora: 17h.
Leva sua Vuvuzela! Vamos fazer barulho pela melhoria do transporte público.

Vamos à luta Pará

TOMAR AS RUAS
Para garantir a tarifa em R$ 1,70!
Estender esse valor pra Ananindeua e Marituba
Depois de vários dias de espera finalmente a tarifa foi reduzida pra R$ 1,70. Vencemos toda a catimba da prefeitura e dos empresários. Trata-se de um gol de placa conquistado com lutas ao longo dos últimos anos. É uma grande vitória para os trabalhadores e um verdadeiro presente depois da bela apresentação da seleção canarinho.
Desde quinta-feira, 24/06, estamos nas ruas exigindo o cumprimento da liminar que reduzia o valor da passagem. Nos concentramos em frente ao Palácio Antonio Lemos e na praça da república para nossas manifestações. Em todas as atividades sentimos que o povo está insatisfeito com as péssimas condições da frota e que torcia para que ganhássemos. Nosso movimento vinha de antes, com destaque para o time dos rodoviários de Ananindeua a Marituba que na última greve pautou a qualidade dos transportes e para os secundaristas com sua luta pela manutenção da meia-passagem em Ananindeua.
 Agora mais do que antes é preciso que o povo trabalhador se manifeste. A prefeitura disse que vai recorrer da decisão mostrando que governa contra o povo. Os empresários fazem jogo sujo, dizem que estão no prejuízo e vão recorrer. No entanto, quem está no prejuízo é o povo trabalhador, pois perdemos 5 dias de tarifa reduzida. Desde a quinta-feira, dia 24/06, deveríamos pagar R$ 1,70. A pressão dos empresários e a má fé do prefeito Duciomar, impediram que a decisão vigorasse. Nesse jogo eles estão com 5 gols de vantagem. Com a decisão começamos a virar o jogo, mas ainda falta muito pra terminar partida.
E necessário mobilização para manter a passagem em R$ 1,70 para evitar o golpe do prefeito Duciomar e dos empresários. O adversário tem experiência, muito dinheiro e já disputou várias copas do mundo. Por isso temos que ir pra rua, pois juntos, sem salto alto, conseguiremos derrotá-los. Nesta na quarta, em conjunto com os estudantes do Deodoro e do Ulisses, 17h, já haverá a primeira manifestação. Nossa mobilização é para a imediata extensão do valor de 1,70 pra toda a região metropolitana, tema de ação das entidades já protocolada no MPE. Na raça podemos vencer!
UNIDOS PRA LUTAR por: 
- manutenção da tarifa para 1,70 e ampliação para toda a região metropolitana
- aumento da frota, sobretudo nos horários de pico (entre 6 e 8h e 18 e 20h).
- aumento das linhas atendendo bairros periféricos.
- Contra o fim da meia-entrada para os estudantes de Ananindeua.

28/06/2010

crise economica grega: imagens falam mais que palavras





Por uma universidade pública

Por Francisco de Oliveria, Paulo Arantes, Luiz Martins e J.Souto Maior
Publicado originalmente na coluna “Tendências e Debates” da Folha de S.Paulo – 23/06/2010.


O reitor da Universidade de São Paulo publicou neste espaço (“Mecenato e universidade” , 10/6) artigo com alguns argumentos que precisam ser democraticamente contrapostos. Para ele, os problemas da USP partem de uma razão econômica.
A saída que expõe é uma contradição em termos: o ingresso de dinheiro privado para a melhoria da universidade pública. Para proteger a universidade pública, que é melhor que a privada, diz que a universidade pública deve abrir suas portas para o dinheiro privado.
No fundo, o que a sua solução esconde é a tentativa de privatizar o ensino público. Ora, não se tendo conseguido fazer com que as entidades privadas prevalecessem no cenário educacional, busca-se fazer com que o ensino público forneça o material humano necessário para os fins da iniciativa privada.
A dificuldade econômica pela qual passa a universidade pública é fruto de uma negligência proposital do Estado com o ensino público, que se pretende compensar com o investimento privado.
Este último cria, na verdade, uma perigosa promiscuidade que desvirtua a razão de ser do ensino público, que deve se voltar para os problemas sociopolítico- econômicos gerais do país.
Mas mais grave ainda é a forma pela qual se vislumbra tal “parceria”. Na Faculdade de Direito, ela se fez para duvidosas reformas arquitetônicas que nada acrescentaram à melhoria do ensino. Além disso, para se chegar a tanto, foram desrespeitados diversos preceitos da ordem jurídica. O que o reitor chama de “modernização” constituiu grave ilegalidade.
Cumpre resgatar o respeito à ordem jurídica, ainda mais à luz do grotesco episódio de transposição dos livros das bibliotecas departamentais, da noite para o dia, para um prédio desprovido de condições, e cuja devolução ao local de origem, por determinação do Ministério Público, vem se arrastando há mais de três semanas…
Tais ilegalidades justificariam um processo de improbidade administrativa contra o reitor, que, além do mais, em entrevista recente à Rede Bandeirantes, referiu-se à USP, faltando com o decoro acadêmico mínimo, como “terra de ninguém”, “tomada por invasores” e “assemelhada a morros do Rio de Janeiro”, em vias de “virar um Haiti”.
O grande passo que precisa ser dado pela USP é a sua reestruturação, buscando a democratização interna e externa, mediante o voto universal, condição para uma estatuinte e um processo rumo à superação do vestibular, visando o acesso universalizado à universidade pública, tal como é no México e na Argentina há quase um século.
O reconhecimento republicano da igualdade de voto e de cidadania de professores, estudantes e trabalhadores supõe o respeito pleno às manifestações dos servidores que legitimamente lutam por direitos.
A reitoria afirma que os trabalhadores em greve estão cometendo uma ilegalidade e comete o abuso de cortar o ponto de mil servidores, mirando com suas punições principalmente alguns de menor salário.
Mas a greve é um direito fundamental consagrado e, sobretudo, se justifica quando os trabalhadores são atingidos, na sua concepção, por ilegalidades cometidas pelo empregador. Negar a greve como um direito e fixar represálias ou coações constitui, por si, um grave atentado à democracia.
Todos os que prezam o regime democrático devem se alinhar com os trabalhadores da USP, que fazem história com suas lutas, contribuindo vivamente para a democratização da universidade, tal como os operários do ABC que, nos idos de 1978-80, desafiaram publicamente a repressão e levaram à reconstrução da ordem jurídica do país.

FRANCISCO DE OLIVEIRA é professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP).
PAULO ARANTES é professor da FFLCH-USP.
LUIZ RENATO MARTINS é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP.
JORGE LUIZ SOUTO MAIOR é professor associado da Faculdade de Direito da USP.

24/06/2010

Movimentos são impedidos de entrar em estádio e se manifestar contra Belo Monte
O início desta semana foi marcado por persistentes manifestações contra a visita do Presidente Lula a Altamira, no Pará, região Norte do Brasil. Nesta terça-feira, centenas de ribeirinhos, indígenas, ambientalistas, membros de movimentos sociais, estudantes e demais atores sociais contrários à construção da hidrelétrica Belo Monte se reuniram para manifestar descontentamento com a atitude "ditatorial" do Presidente.
A notícia é de Natasha Pitts e publicada pela Adital, 22-06-2010.
"A manifestação de ontem foi realizada para passar um recado para o Lula. Acredito que nós conseguimos mostrar que não estamos satisfeitos com a construção de Belo Monte", esclareceu Michel Alves, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fazendo referência ao bloqueio, realizado nas primeiras horas de ontem (21), por cerca de 400 manifestantes na rodovia Transamazônica.
Na manhã de hoje, por volta das 8 horas, as mobilizações recomeçaram. Os manifestantes se concentraram na Praça do Matias, na orla do cais de Altamira, de onde seguiram em caminhada para o Estádio Bandeirão, local em que o presidente Lula esteve presente para lançar os projetos de asfaltamento da Transamazônica, o programa Luz para Todos e a hidrelétrica de Belo Monte.
"Hoje, a maior parte dos manifestantes foi impedida de entrar no estádio. É muito triste uma situação dessas, pois prova que o governo do Estado do Pará e o governo Lula não querem nos escutar. Para nós Lula é um covarde, que está impondo uma ditadura, pois não escuta a população, mas apenas alguns grupos que estão a favor da construção da hidrelétrica", desabafa Michel.
Durante a programação promovida no Estádio, uma situação chamou a atenção. Um representante dos povos indígenas do Xingu entregou uma carta ao presidente Lula manifestando a vontade do seu povo de que hidrelétrica fosse construída.
De acordo com Michel, algumas lideranças estão sendo cooptadas e compradas para repassar às autoridades e ao mundo uma imagem distorcida do que os povos do Xingu realmente querem. "Os caciques estão contra Belo Monte", garante.
Após o fim das atividades no Estádio Bandeirão e com a partida do Presidente, os manifestantes retornaram para casa. A visita de Lula foi apenas mais uma oportunidade de mostrar a total insatisfação com a realização de um projeto que passou por cima dos interesses do povo e desrespeitou a legislação ambiental.
"As manifestações por hoje estão encerradas, mas nós estamos voltando para casa com a intenção de já começar a planejar novas lutas e ações", assegura Michel.
 
Fonte:http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=33667

23/06/2010

Derrame de petroleo no Golfo do México texto em espanhol

Derrame de petróleo en el Golfo de México


El capitalismo destruye el medio ambiente


El 20 de abril, fecha en que se conmemoraba el “Día de la Tierra”, explotó y se hundió la plataforma de extracción petrolera “Deepwater Horizon”, ubicada en el Golfo de México, a 75 km de la costa del Estado de Luisiana (Estados Unidos). La explosión, provocada por un aumento de presión en el pozo, dejó un saldo de 11 trabajadores muertos y 115 evacuados. Una de las peores catástrofes ecológicas en la historia causadas por una multinacional petrolera. La explosión dejó abierto el pozo ubicado a 1,5 km de profundidad. Todos los días, unos 25 mil barriles de crudo (800 mil litros) se esparcen por el mar. La superficie afectada por el derrame supera los 1.550 km2, siete veces más grande que la superficie total de la Ciudad de Buenos Aires. También afecta 190 km de playas y estuarios en Estados Unidos, y los ecosistemas marinos y costeros. Poniendo en peligro a más de 400 especies animales y vegetales, incluido el delta del Río Misisipi, hogar de grandes colonias de aves. Además, golpea a la industria pesquera artesanal (ostras y camarones) y turística.


British Petroleum (BP) es la multinacional que usufructuaba la plataforma. La misma empresa británica que está detrás de la exploración de petróleo en Malvinas y es socia de Repsol YPF en la elaboración de combustibles para aviones. Es la mayor extractora petrolera del Golfo de México, donde hay 4 mil plataformas similares. Su titular, Tony Hayward, minimizó el impacto de la catástrofe describiendo a la fuga como “muy, muy modesta”.

Los ejecutivos de BP conocían la existencia de “serios problemas” en la plataforma desde hace 11 meses y no hicieron nada. El ingeniero en Perforaciones, Mark Hafle, denunció “problemas técnicos en el agujero de perforación” y que “la válvula de seguridad que debía impedir que el crudo fluya al mar podía colapsar bajo alta presión”. (The New York Times, 13/6/10). A su vez, en 2009 BP había tenido que pagar una multa de 65 millones de euros tras una explosión en la refinería Texas City donde murieron 15 trabajadores. Senadores demócratas debieron reconocer que “no es un incidente aislado”, ya que desde 2001 se registraron 858 incendios en plataformas del Golfo de México. En enero de este año, la colisión de dos barcos provocó el derrame de 1,5 millones de litros de petróleo.

El presidente estadounidense, Barak Obama, señaló que le “gustaría saber a quién patear el trasero”. Pero la trayectoria mortífera de BP no era desconocida por su gobierno. Obama se ha limitado a exigir a la empresa la creación de un fondo de reparaciones de sólo us$ 20 millones, mientras el Primer Ministro Británico, David Cameron, defiende a la petrolera británica con ganancias de us$ 20 millones anuales.


Gobiernos como el de Obama y Cameron garantizan a cualquier costo las ganancias de multinacionales que violan las condiciones mínimas de seguridad y laborales, dejando cientos de muertos y destruyendo el planeta. El capitalismo decadente es responsable de esta nueva catástrofe. Hay que exigir la expropiación de BP para ponerla a funcionar bajo control de sus trabajadores, y que pague todos los daños. Hacer lo mismo en Argentina, estatizando Repsol-YPF y demás empresas contaminantes. Llamando a enfrentar a este sistema capitalista-imperialista, luchando por un gobierno de los trabajadores en camino al socialismo, única forma de poner el planeta al servicio de las necesidades populares, no de multinacionales de la muerte.

FONTE: Argentina,Izquierda Socialista

Multinacionais na China:Fim da Festa? texto em espanhol

Marcelo Justo

BBC Mundo


Protestas chinas


Flores para los muertos de Foxconn.


Más que paraíso de los trabajadores, China ha sido durante las últimas décadas paraíso de las multinacionales: salarios ínfimos, cero sindicatos, cero huelgas.


Nada mejor para las ganancias empresariales que esa combinación de factores bajo la severa mirada del Partido Comunista Chino (PCCH).



Las cosas están cambiando. El caso de los suicidios en la Taiwanesa Foxcoon y el fuerte aumento salarial concedido por esa compañía y la japonesa Honda Motor son señales de que empiezan a soplar nuevos vientos en ese extraño matrimonio entre multinacionales y un gobierno nominalmente marxista.

Foxconn, la empresa de productos electrónicos que más trabajadores contrata en el mundo, se vio sacudida en lo que va del año por el suicidio de 10 trabajadores y anunció que daría un aumento del 33% de los salarios en medio de serios cuestionamientos a las condiciones laborales de la empresa.



clic Lea también: nuevo aumento en "fábrica de los suicidios"



Honda Motor resolvió una huelga iniciada a mediados de mayo con un aumento del 24%.



Según el China Labour Bulletin (CLB), una publicación sindical china editada en Hong Kong, estos conflictos muestra cambios en la relación de fuerza entre trabajadores y multinacionales.



"Desde principios de década hemos tenido conflictos diarios, pero antes eran mucho más por violaciones de las condiciones básicas, como atraso en los pagos. En los últimos tiempos el motivo principal ha sido una lucha activa por una mejora de las condiciones laborales y salariales", señaló a BBC Mundo el portavoz en inglés de LAB, Jeffrey Crothall.

¿Qué dice el Partido?



En la prensa china las huelgas han tenido un inusual grado de cobertura y apoyo.



"En las tres décadas desde que se abrió la economía, los trabajadores han sido los menos beneficiados por la prosperidad económica. Los paros en Honda iluminan la necesidad de una organización laboral de los trabajadores", señala el Global Times de China.



Las "tres décadas" se refieren al viraje que dio China luego de la muerte de Mao Tse Tung en 1976 cuando, bajo el liderazgo de Deng Xiao Ping, el credo estrictamente comunista fue reemplazado por el de "hacerse millonario es bueno" en una economía abierta al mercado y la inversión extranjera.



En más de un sentido estos objetivos se cumplieron.



Según el informe sobre riqueza en China 2010 del Hurun Research Institute hoy unas 875.000 personas tienen fortunas de más de un millón de dólares.



En 1985 la inversión extranjera directa en China arañaba los mil millones de dólares: 20 años más tarde se ubicaba en torno a los US$60.000 millones.



El problema es que los millones no han llegado a los trabajadores, presunta base política del PC Chino y pilar retórico del discurso comunista.

La clase obrera va al paraíso



Como parte del giro pro-capitalista de Deng Xiao Ping, se suprimió en 1982 el derecho constitucional a la huelga, algo que incrementó la reputación de China como "paraíso de las multinacionales" y dejó a la intemperie a una población china ya debilitada por la sobreoferta de fuerza laboral en el mercado.



Los casos de sobreexplotación por este giro tienen en su extremo las condiciones ultra precarias en las minas (más de 3.000 muertos en 2008) y el trabajo esclavo, que ha incluido casos de explotación infantil.



Esta situación ha generado fuertes debates en el interior del partido y el gobierno, siempre preocupado por el peligro de disturbios sociales en una población de 1.300 millones de personas.

Congreso del Partido Comunista Chino



Congreso del Partido Comunista Chino: entre los trabajadores y las multinacionales



Una señal de estos debates es el apoyo de algunos medios a las huelgas y la aparición de figuras populistas, como Bo Xilai, jefe del Partido Comunista de Chongqing, en el centro del país.



Otro signo es el anuncio a principios de junio de un aumento salarial para los funcionarios públicos de Pekín de un 20%, en línea con lo que viene sucediendo en provincias y municipios del país.



En cambio en una reciente huelga en una empresa algodonera en Henan la policía detuvo a unas 20 trabajadoras acusándolas de "perturbar la producción".



"No hay una reacción monolítica de las autoridades. En algunas ciudades y municipios ha habido una actitud contemporizadora. En otras se ha elegido la confrontación", señala Crothall.

Tendencias profundas



En 2007, a raíz de denuncias de trabajo esclavo, el Congreso Nacional del Partido Comunista aprobó una ley de contratos laborales que modificó el desierto legislativo en la materia.



Tanto la Cámara de Comercio de los Estados Unidos en Shanghai como la de la Unión Europea se quejaron de que la nueva legislación "restringiría la flexibilidad" (argumento europeo) y "tendría un impacto negativo en las inversiones" (argumento estadounidense)



Los conflictos en Honda y Foxcoon han servido de sustento a estas advertencias sobre peligros para el modelo económico chino.



Sin embargo, según algunos análisis, estos cambios en el modelo responden a tendencias socioeconómicas profundas tanto para las multinacionales como para los trabajadores:



*el modelo chino de tejidos productivos significa que cada industria tiene redes de proveedores locales esenciales en el costo final del producto.



*el gobierno chino impulsa un modelo de crecimiento con mayor incidencia del consumo doméstico.



*a nivel demográfico, la política de una familia un hijo y el desarrollo de distintas zonas del país ha achicado la fuerza laboral inmigrante (unos 135 millones de personas) que abarataba la mano de obra.



Esto no quiere decir que no vaya a haber tensiones en el camino. Delta electronics decidió hace dos años crear una nueva compañía en Wuhu, provincia de Anhui, donde el salario es poco más de la mitad de lo que pagan en su casa matriz, Wujiang.



Más que irse, las multinacionales pueden cambiar de lugar en la misma China para seguir gozando de la mano laboral superbarata.

CONTRA O PRECONCEITO

O PREÇO DA LIBERDADE NO OLARIA


Mais uma vez, o Olaria está no debate sobre a questão da homofobia. Em recentes declarações ao jornal Zero Hora, o proprietário da rede de cinemas Guion,Carlos Schmidt afirmou: “o descaso e a negligência do poder público permitiram uma permissiva aglomeração na Rua Lima e Silva, o que impede e oprime quem tentar usar de seu direito de ir e vir”. Se hoje existe esse “descaso e a negligência” do poder público, ele é fruto de uma atitude homofóbica e preconceituosa do próprio empresário e de outros do Centro Comercial Nova Olaria, que em 2005, expulsaram com agressões físicas alguns jovens (em número infinitamente menor do que hoje) que frequentavam o local. O conflito central do Olaria está relacionado, na verdade, a uma questão de classe social e poder aquisitivo, em que o preconceito a LGBTs e negr@s acaba servindo como desculpa para justificar a exclusão destes jovens.

Os jovens que se reúnem na frente do Centro Comercial Nova Olaria o fazem nesse local por falta de oportunidades. É fato que, por uma questão também cultural, em inúmeros espaços públicos e privados de Porto Alegre as pessoas LGBTs são impedidas de freqüentar tais espaços pela sua expressão sexual. O proprietário dos cinemas Guion atribui a queda no público nos seus cinemas à “aglomeração” de jovens aos domingos. Para nós, tal fato se deve, sobretudo, aos altos preços dos ingressos cobrados no cinema e nos demais estabelecimentos, que são muito superiores à renda da maioria da população da cidade, incentivando a exclusão cultural.

O sr. Carlos Schmidt é dono do cinema Guion,mas não da rua Lima e Silva. A rua é um espaço público de livre circulação de pessoas, que devem ter garantido os seu direito de ir e vir, o que dentro do Centro Comercial foram impedidos. O senhor Carlos quer que a rua Lima e Silva sirva apenas aos seus negócios e a seus clientes e não aos centenas de jovens LGBTs que todos os domingos ocupam esse espaço público, com o único intuito de encontrar amigos. A aglomeração existente neste local hoje em dia deve ser trabalhada de forma a ressaltar questões culturais das “tribos” ali presentes, como feiras culturais, shows e atividades que integrem esta juventude e não as excluam da forma mais fácil e agressiva, na evacuação por parte da PM, pois não pode ser tratada como caso de polícia.

Inúmeras vezes procuramos os empresários para um diálogo, seja através do Ministério Público, do Conselho Municipal de Direitos Humanos, das ONGs e tantos outros espaços, mas houve sempre negligência pela administração do estabelecimento. Não entraremos nesta nota pública sobre atitudes isoladas que possam ocorrer no coletivo das pessoas que lá freqüentam, mas ressaltamos que as atividades relatadas acima poderiam minimizar estes fatos, normais quando há muitas pessoas juntas.

Se o princípio do conflito foi ocasionado pelo próprio Olaria, hoje segue com a conivência do poder público e não será com a força policial que acabará o conflito no local, mas com acesso cultural, lembrando neste momento a própria criação do Centro Comercial que foi construído com a lógica de “abraçar todas as tribos”, por isso é um espaço a céu aberto, com roupas, cafés, filmes que correm pelo meio alternativo cultural, mas infelizmente para uma determinada classe social. Para que atitudes como essa acabe, é necessária a aprovação de leis que ajudem no fim do preconceito e da discriminação, como o PL122 que irá criminalizar as práticas homofóbicas no Brasil e a aplicação das leis já existentes como o artigo 150 da Lei orgânica de Porto Alegre e a Lei Estadual 11.872/02.


Desde 2007, o Grupo Desobedeça GLBT realiza a manifestação pública “MINI PARADA” e todos anos segue para a frente do Olaria na busca de um diálogo, para que discursos e práticas como essas não se repitam. Por isso, neste ano, estaremos novamente na frente do Centro Comercial Nova Olaria, até que esta realidade seja transformada.


Porto Alegre, maio de 2010

DIA 27 É DIA DE MINIPARADA

LULA ontem e Hoje.....

COPA DO MUNDO: Como é a Africa do Sul em 2010?

Miguel Lamas - Tradução: Silvia Santos
Fonte: El Socialista

Começada a Copa do Mundo, a TV nos mostra, além dos jogos, algumas cenas do país. Mas dificilmente nos mostrem as violentas contradições atuais desse país. Ali, sua população negra protagonizou uma rebelião heróica derrotando o regime racista do Apartheid. Mas hoje os brancos continuam sendo os donos das minas, fábricas, das melhores terras, dos bancos... Enquanto que os negros vivem majoritariamente na miséria.

População: 49.052.489 habitantes
79% de raça negra
20 milhões vivem com menos de dois dólares diários
12% têm AIDS
Pobreza: 50%
Desemprego: 30%
Expectativa de Vida: 48,9 anos



O governo sudafricano investiu em torno de 2 bilhões de dólares na construção e remodelação de estádios para um evento que durará um mês, e mais 1 bilhão em outras obras. Os estádios estão rodeados de casas precárias nas quais vivem milhões de pessoas todas negras. É claro que o governo afirma que os investimentos trarão enormes benefícios para Sudáfrica. Mas a população pobre e trabalhadora suspeita –e com razão- que, como sempre aconteceu, los benefícios somente cheguem a poucos, enquanto que as contas serão pagas por todos.

Em um país com 30% de desemprego, a construção de estádios, hotéis e outras obras, geraram demanda de trabalhadores. Mas, sob as duras condições de super exploração que impõem os empresários (a maioria brancos) os 70 mil trabalhadores da construção civil tiveram que fazer uma duríssima greve, com piquetes, para impor um aumento salarial de 13% sobre o salário miserável de 310 dólares que recebiam.

Frente a uma onda de greves por aumento salarial, em 09 de Maio o Presidente Jacob Zuma, chamou a “não fazer greves” enquanto dure a Copa. “Se recebes visita em casa não comeces a brigar”, afirmou Zuma. Evidentemente, os trabalhadores perceberam que a Copa é uma oportunidade para lutar pelas suas reivindicações.

O país mais desigual do mundo

Em 03 de Abril o dirigente ultra direitista racista Eugene Terreblanche morreu assassinado no seu sitio por dois empregados aos quais ele não pagava o salário. O fato reviveu o fantasma do ódio racial.

Hoje a maioria negra -80% da população- tem igualdade jurídica com os brancos. Mas a sociedade está profundamente dividida, sendo um dos países mais desigual do mundo. Em Johanesburgo, ademais de Soweto, está Alexandra, uma favela com mais de dois milhões de habitantes. Mas percorrer as ruas de Sandton –braço financeiro do cone sul africano- é como se trasladar a Europa. A segregação agora é social. Isto se reflete brutalmente na expectativa de vida que era de 61 anos em 1990, e de 48,9 em 2008 – uma queda que supera a dos países da ex URSS após a restauração do capitalismo. Este numero aterrador só pode ter uma explicação: a extrema pobreza junto com deploráveis condições sanitárias. O maior problema da saúde é a AIDS, que em 2007 afetou 18% da população entre 15 e 49 anos. Esta extrema pobreza está reservada à maioria negra. E os pobres entre os pobres, e os mais segregados, são os 10 milhões de imigrantes negros de outros países africanos que vieram em procura de trabalho.

A maioria branca (10% da população) continua sendo proprietária de quase todos os meios de produção: as minas, fábricas, bancos, terras, transporte, riquezas roubadas dos negros durante 300 anos de colonialismo. Associado com ela, uma pequena classe rica, negra, geralmente vinculada à corrupção dos lideres do partido governante, o CNA (Congresso Nacional Africano), que se mudou aos bairros fechados dos brancos com guardas armados e cercas eletrificadas.
O governo do CNA, desde o primeiro presidido por Mandela em 1994, não só não mexeu com as propriedades que os brancos tinham acumulado durante séculos de exploração aos negros, mas aplicou uma política neoliberal, favorecendo ainda mais aos brancos ricos. O capitalismo traz desigualdade e miséria, como no mundo inteiro. Mas em Sudáfrica isto se agrava pela sua história de opressão racial.

O presidente Zuma, de origem camponês da etnia zulu, ganhou as previas do CNA. E ganhou o governo prometendo governar em favor da maioria popular negra. Seu triunfo foi expressão do descontentamento popular com a desigualdade social. Mas, pertencente a uma elite dos ricos negros, suas promessas foram esquecidas no dia seguinte, e sua política continua a dos seus predecessores. Sem dúvida, somente uma nova revolução que acabe com o capitalismo, expropriando as minas, bancos, terras, grandes empresas e com um governo dos trabalhadores e dos camponeses poderá terminar definitivamente com a opressão da maioria negra.
Hoje Sudáfrica é um país capitalista semicolonial submetido ao imperialismo europeu e ianque, com seus empresários brancos que se sentem mais europeus que sudafricanos. A TV mostra preferentemente os setores modernos e as luxuosas construções feitas para a Copa, enquanto que a maioria popular e trabalhadora, negra, continua vivendo na extrema miséria.

Mandela e a derrota do Apartheid

Nelson Mandela é o herói nacional. Tem hoje 94 anos e esta retirado da vida política. Foi o líder que encabeçou a luta contra o sinistro regime da Apartheid imposto pela minoria branca. Foi preso durante 27 anos, desde os 44 aos 72. De acordo às leis da Apartheid, os negros, 80% da população, não tinham direito a votar e estavam segregados em quase todas as atividades. Não podiam entrar nos bairros brancos, nem a hotéis, escola ou transportes para brancos. Ademais, em 300 anos de colonialismo haviam sido despojados de quase tudo. A melhor terra e a propriedade das minas e fábricas estavam –e continuam estando- em mãos dos brancos.

A rebelião dos negros, encabeçada pelo Conselho Nacional Africano e a Central operária COSAT foi reprimida de forma sangrenta, milhares de ativistas foram encarcerados, torturados e assassinados. Mas a rebelião nãos e deteve e conseguiu apoio mundial, especialmente dos negros norte americanos, que conseguiram um boicote mundial contra o regime racista.

Finalmente, derrubaram o regime o Apartheid, isolado internacionalmente e frente a uma rebelião negra avassaladora. Em 1990 Mandela foi libertado, com base a um acordo com Frederick Le Klerk, o governante branco. Por esse acordo foi suprimido o Apartheid e foram convocadas eleições com base a “um homem, um voto”, a palavra de ordem democrática negra. Mas Mandela comprometeu-se a respeitar a propriedade dos brancos e a deixar impune seu genocídio contra os negros. Assim foi como em 1994 o CNA venceu as eleições levando Nelson Mandela à presidência, e que terminou incluindo no seu governo ao antigo líder racista Frederick Le Klerk.

A destruição do Apartheid foi um grande triunfo da rebelião negra, uma revolução democrática. Mas essa revolução foi congelada pelo pacto de Mandela com os brancos, que impediu que a derrota do regime se aprofundasse até a satisfação das necessidades postergadas do povo negro, culminando em uma revolução socialista que acabara com a propriedade dos brancos.

Praticamente não houve mudanças respeito do poder econômico monopolizado pelos brancos .Hoje Sudáfrica é um país com igualdade jurídica mas com a maior desigualdade social do mundo.

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Futebol, “coisa de negros”

Como herança do Apartheid, os brancos não vão aos estádios sudafricanos e praticamente não jogam futebol, ainda que acompanham os campeonatos europeus pela TV. Em 1962 e frente à massiva campanha mundial, a FIFA suspendeu a equipe composta exclusivamente por brancos da Copa Mundial e em 1976 excluiu à SAFO, Federação de Futebol branca. Os clubes de futebol branco sumiram e o futebol se converteu em um esporte dos negros. Hoje os brancos, que abandonaram o futebol, acompanham rugby e cricket.

ato contra YEDA e DCE UFRGS

http://www.youtube.com/watch?v=VcdFlx9cl9o

18/06/2010

Yeda quer vender o morro santa tereza

José Saramago fala da falsa democracia

José Saramago foi um intelectual comprometido com os problemas de seu tempo,um intelectual que não se calava perante os poderosos e um ferrenho combatente contra o obscurantismo religioso.Nessa conferência realizada no FSM 2005 em POA ele denúncia que a Democracia dos ricos não tem nada de democrática.... 

Saramago,presente!!!

 Juventude Vamos à Luta RS se soma ao Adeus  a Saramago


O escritor e Prémio Nobel da Literatura em 1998 José Saramago morreu hoje aos 87 anos em Lanzarote.


“Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione como data de nascimento o dia 18”, assim começa a sua biografia inscrita no site da Fundação que tem o seu nome. Os pais do futuro Prémio Nobel emigraram para Lisboa antes que ele fizesse dois anos.Fez estudos secundários (liceais e técnicos) que, por dificuldades económicas, não pôde prosseguir. Publicou o seu primeiro livro, um romance, “Terra do Pecado”, em 1947. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do jornal Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino.

Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do jornal Diário de Notícias. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias (Espanha).Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago regressou ao mundo da prosa ficcional com “Manual de Pintura e Caligrafia”. Publicaria depois “Levantado do Chão” (1980), no qual retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.

Dois anos depois surgiu “Memorial do Convento”, livro que conquistou definitivamente a atenção de leitores e críticos.De 1980 a 1991, o autor publicou mais quatro romances “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1984), “A Jangada de Pedra” (1986), “História do Cerco de Lisboa” (1989), e “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991).Nos anos seguintes, publicou mais seis romances: “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995); “Todos os Nomes” (1997); “A Caverna” (2001); “O Homem Duplicado” (2002); “Ensaio Sobre a Lucidez” (2004); e “As Intermitências da Morte” (2005).

Os últimos romances publicados foram “A Viagem do Elefante”, 2008, “Caim”, 2009.Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Era casado com Pilar del Río.

FONTE: ESQUERDA.NET

artigo de opinião

USP: Pão, circo e punição social


Cerca de 1.000 servidores da Universidade de São Paulo receberam sues holerites com valor praticamente igual a zero, por causa do desconto praticado em função da greve que mantêm desde 5 de maio. A medida, completamente inédita nessa universidade, evidencia que há algo errado com a avaliação da direção da USP sobre a greve dos funcionários. Todos que sofreram descontos trabalham em órgãos ligados à administração central. Se apenas nesses órgãos há 1.000 grevistas, cai por terra a explicação de que só fariam greve os “militantes profissionais”. O artigo é de Adrian Pablo Fanjul, professor da USP.

Adrian Pablo Fanjul (*)

Nos primeiros dias deste mês, cerca de 1.000 servidores da Universidade de São Paulo (USP) receberam sues holerites com valor praticamente igual a zero, por causa do desconto praticado em função da greve que eles mantêm desde 5 de maio. A medida, completamente inédita nessa universidade, onde me desempenho como docente e pesquisador, evidencia, em primeiro lugar, que algo não se corresponde com a avaliação que a direção da USP tem difundido em torno da greve dos funcionários, informando, para a opinião pública, que tudo na USP funcionaria normalmente.

Todos que sofreram descontos trabalham em órgãos ligados à administração central. Se apenas nesses órgãos há 1.000 grevistas, cai por terra a explicação de que apenas fariam greve os “militantes profissionais”, “grupos violentos” e outras denominações que já fazem parte do repertório com que os dirigentes da Universidade encobrem, desde anos atrás, sua propensão ao autoritarismo e sua constante procura do confronto. Infelizmente, essa propensão costuma encontrar eco em setores do sindicato dos funcionários, e hoje vivemos um novo capítulo, talvez o mais dramático pelas suas conseqüências sobre as famílias daqueles que vêem seus salários retidos.

Dissemos que há uma procura do confronto por parte dos dirigentes universitários porque esta greve se iniciou como conseqüência de um aumento salarial de 6% a nós, docentes, negado aos funcionários. Era completamente previsível que os funcionários reagissem diante dessa verdadeira punição social, coletiva e a priori, que os condena a pagar, com sua perda salarial, a recomposição de quem menos precisa: os docentes.

O Conselho de Reitores recusou-se sequer a considerar a extensão desse aumento aos funcionários, ou mesmo uma distribuição mais equitativa do orçamento previsto para recomposição salarial, inclusive quando os representantes de todos os setores, até dos docentes, renunciaram a toda outra reivindicação. Também era previsível que, na USP, universidade onde a comportamento das autoridades foi mais conflitante, chegando-se ao extremo de cortar o salário dos servidores, acontecesse a atual ocupação da reitoria, desta vez não por estudantes com longas pautas de reivindicação, mas por trabalhadores com uma única exigência entendível por qualquer cidadão: o pagamento do salário para sustentar suas famílias.


O que nos motiva a incluir a expressão “pão e circo” nesta coluna é o papel reservado pelas autoridades a nós, docentes: o de beneficiários compulsivos da punição aos funcionários. Papel perigoso, pelo desgaste que prefigura na convivência entre setores da universidade. A explicação dada pelos reitores, de que se tenta valorizar o trabalho dos docentes resulta questionável, já que enquanto isso acontece, conhecemos um comunicado da reitoria da USP que anuncia que a reposição dos docentes aposentados exigirá justificativas específicas, prefigurando-se a redução do quadro de professores no mediano prazo.

Nesse contexto, a simpatia que as autoridades tentam ganhar entre nós, professores, parece ter base apenas no prazer pela humilhação do mais fraco, que coloca o menos fraco, imaginariamente, mais próximo de quem detém o poder.

Na USP, isso se vê reforçado por um detalhe que acrescenta populismo: logo em um ano eleitoral, nós, docentes, recebemos um vale-alimentação de entre 300 e 400 reais, sustentado pelo mesmo orçamento do qual se nega o aumento aos funcionários. Nunca tínhamos recebido um benefício como esse, instrumento de solidariedade social que não parece adequar-se a nossa função e perfil sócio-econômico. O que se espera de nós, enquanto contemplamos, de vale na mão, a série de castigos supostamente desferidos para valorizar-nos? Qual é a real valoração intelectual e ética que prefigura, para nós, esse lugar que, na cena, nos é proposto?

São perguntas que interessam não apenas aos protagonistas da vida acadêmica, mas à sociedade em geral, porque nelas também se interrogam modelos de universidade e de educação.

(*) Adrian Pablo Fanjul é professor e pesquisador no Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.


15/06/2010

NESTA QUARTA-FEIRA VAMOS VAIAR YEDA E O DCE
DIA 16/ 06

CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 12:30 NA FACED

III Encontro de Mulheres UFRGS

    O Coletivo de Mulheres UFRGS tem o prazer de apresentar o III Encontro de Mulheres UFRGS. O III EMUFRGS é um evento realizado na UFRGS e cadastrado como uma ação de extensão, assim sendo aberto para toda a comunidade: pessoas de dentro e fora da UFRGS, mulheres e homens.
Segue abaixo a programação do evento:



III Encontro de Mulheres UFRGS


"Liberdade, ou é para tod@s, ou é tudo por nada" Team Dresch

QUINTA-FEIRA, 17/06
22h Festa de Abertura
Show com integrantes das bandas Electric Mind & Acustic Hearts e A Red So Deep e discotecam: "Apresentando o Riot Grrl"
66 pub, Lopo Gonçalves, 66
R$ 4,00 com Flyer e para tod@s @s inscrit@s no III Encontro.

SEXTA-FEIRA, 18/06
18:30 - MESA 1 - "Mulheres: Identidades Distintas, Opressões Somadas"

Palestrantes:
Movimento LGBT
Marieti Fialho - Músicista e Ativista Cultural
Maria Rosângela da Silva - Trabalhadora Indígena
Luciana "Mana" - Direção Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas
Patricia Braga de Jesus - Trabalhadora da construção civil
Mediadora: Bruna Rossi Koerich - Coletivo de Mulheres UFRGS

SÁBADO, 19/06
9H - MESA 2 - "Movimento de Mulheres, Políticas Públicas e Emancipação Feminina"

Palestrantes:
Aline Bonetti – Antropóloga, trabalhou no IPEA e Professora Substituta da UFRGS
Nina Tonin- Coordenação Nacional do MST
Elisa Gargiulo - Banda Dominatrix/SP e organizadora do Ladyfest Brasil)
Kátia Carolina Meurer Azambuja - Licencianda em Ciências Sociais/Coletivo de Mulheres UFRGS
Mediadora: Martha Stone Jacondino - Coletivo de Mulheres UFRGS

ALMOÇO (12h as 13h30)

OFICINA ARTISTICA (13h15 as 13h45)

14h às 17h
GRUPOS DE DISCUSSAO E TRABALHO
1. "Prazer: Sexo e Subjetividade"
Facilitadora: Ângela Figueiredo (Psicóloga e professora da PUC/RS)
2. “Economia alternativa: o trabalho pelas mãos femininas”
Facilitadora: Ana Hanauer (Coordenação Nacional do MST)
3. “Cultura, Arte e Libertação”
Facilitadora: Elisa Gargiulo (Banda Dominatrix/SP e organizadora do Ladyfest Brasil)
4. “Saúde da Mulher: O que o Machismo tem a ver com isso?"
Facilitadora: Cristiane Bens Pegoraro (Psicóloga, Residente na ênfase Saúde da Família e Comunidade RIS/ GHC e integrante do Coletivo de Mulheres UFRGS)
5. “Homens e feminismo”
Facilitador: Diego "Dresch" R. Hoch de Menezes (Sociólogo e integrante do Coletivo de Mulheres UFRGS)

17h às 18h 

Cofeebreack
ENCONTRO DE GRUPOS FEMINISTAS
OFICINA DE EXPRESSÃO CORPORAL (17h15)


18h às 21h – PLENÁRIA FINAL

22h - Confraternização

Inscrições:
http://coletivomulheresufrgs.blogspot.com/

09/06/2010

Funcionários da USP em greve invadem reitoria

Manifestantes pedem aumento salarial e reclamam de corte.
No prédio, eles também colocaram faixas criticando o reitor.

Do G1, em São Paulo
Funcionários da USP que estão em greve desde o início de maio invadiram a reitoria por volta das 10h desta terça-feira (8). O grupo destruiu a porta de uma garagem nos fundos do prédio e quebrou vidros de janelas. Eles também colocaram faixas no edifício criticando o reitor e pedindo sua saída.
Prédio da reitoria foi invadido nesta terçaPrédio da reitoria foi invadido nesta terça (Foto: Fernanda Nogueira/G1)

A ação, segundo os manifestantes, foi motivada pelo corte dos salários de cerca de mil funcionários, devido à greve. Os manifestantes pedem aumento de 6% à categoria, como concedido aos professores da USP, Unesp e Unicamp em fevereiro, além dos 6,57% concedidos a todos servidores das universidades paulistas, em maio.
Em boletim, o sindicato chamou o protesto de "ato repúdio ao reitor autoritário".
saiba mais
O prédio da reitoria já havia sido fechado pelos grevistas, assim como os edifícios que abrigam a coordenadoria do campus e a coordenadoria de assistência social.
Parte do grupo de invasores, liderado por diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). era formada por jovens que aparentam ser estudantes. Alguns deles enrolaram cachecóis no rosto para evitar a identificação. No momento da invasão, eles pediram para que a imprensa não tirasse fotos.
A maioria dos funcionários que estavam mobilizados em frente à reitoria acompanhou a invasão de fora, com olhares assustados. Questionado, um deles afirmou que não sabe se a ação valerá a pena.
Carros da Guarda Universitária acompanharam toda a movimentação de longe.
A assessoria de imprensa da reitoria ainda não falou sobre o assunto.
Por volta das 10h40, diretores do sindicato convocaram os funcionários a entrar no prédio para uma assembleia. Alguns entraram, mas a maioria preferiu ficar de fora, o que obrigou um dos dirigentes a fazer uma reunião em frente à garagem da reitoria. Por volta das 11h15, a maior parte dos funcionários reunidos em frente à porta quebrada da reitoria decidiu manter a invasão e fazer uma assembleia dentro do prédio.

crise economica

Espanha enfrenta greve de funcionários públicos contra cortes de salários

Paralisação de 24 horas foi convocada por três centrais sindicais após pacote do governo para corte de gastos.

BBC
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Mais de 2,5 milhões de funcionários públicos na Espanha entraram nesta terça-feira em uma greve de 24 horas em protesto contra o pacote econômico do governo que reduziu os salários dos servidores.
Hospitais, aeroportos, escolas e presídios funcionam com menos da metade dos trabalhadores.
Serviços de transporte público, saúde, educação, segurança e justiça estão sendo cobertos pelos governos regionais, mas os setores dependentes da administração central prometem parar durante todo o dia.
Segundo os sindicatos, os aeroportos espanhóis funcionam com 36,5% do pessoal, escolas públicas com 23%, e os trens com 50% dos serviços.
A greve convocada por três centrais sindicais (CO, UGT e CSI-CSIF) é a primeira ameaça cumprida pelos servidores desde que o Parlamento aprovou a diminuição dos salários (5% em média) e o congelamento das aposentadorias em 2011.
O pacote aprovado há duas semanas prevê uma economia de 15 bilhões de euros (cerca de R$ 34 bilhões) por ano.
Apesar disso, a agência de avaliação de risco Fitch anunciou no dia seguinte o rebaixamento da classificação da dívida espanhola para um nível que ainda indica um baixo risco de calote - mas que demonstra que há um temor sobre a capacidade do país de pagar seus compromissos financeiros em dia.
Sucesso'
O primeiro boletim emitido pelas centrais sindicais indicou que durante a madrugada (o protesto começou à meia-noite local, 19h00 de segunda-feira em Brasília) 80% dos trabalhadores aderiram à greve.
Os setores com maior participação durante as primeiras horas são os de limpeza, bombeiros e Justiça.
Os canais públicos de televisão estão sem notícias desde as 0h15 locais e exibem apenas um comunicado afirmando que a programação do dia estará alterada pela greve.
Para deputados e senadores do Parlamento espanhol, o trabalho também estará reduzido nesta terça-feira.
Apesar das previstas sessões de votações, os serviços do Congresso e do Senado funcionam com 28% do pessoal.
Nos ministérios, a paralisação é de mais de 80%, segundo os sindicatos. O Ministério da Fazenda, que recolhe nesta temporada as declarações de renda, terá apenas 8% dos trabalhadores durante o dia.
Os sindicatos convocam ainda a população para diversas manifestações nas principais cidades da Espanha e mais de cem assembleias de trabalhadores.
Medidas 'injustas'
Em nota à imprensa, as centrais Comissões Operárias e União Geral de Trabalhadores justificam a greve e afirmam que as medidas do pacote do governo para superar a crise econômica são "injustas, desequilibradas e antieconômicas".
E ainda ameaçam o governo com uma greve geral em caso de não haver retificação no pacote.
O ministro do Trabalho, Celestino Corbacho, disse no dia anterior à greve que respeita a decisão dos servidores, mas considera as medidas aprovadas "muito necessárias".
Além da Espanha, outros países enfrentam a crise e a protesto dos trabalhadores. As primeiras manifestações surgiram na Grécia há um mês.
Os ministros de Economia da União Europeia tiveram que aprovar uma ajuda financeira para salvar o país da quebra, defender o euro e tentar impedir que a crise continuasse contaminando a região.
Os governos de outras nações da zona do euro, como Espanha e Portugal, e a Hungria, que estava em processo de se adotar a moeda comum europeia, afirmaram que suas economias não são como a grega e podem sair da crise sem ajuda.

06/06/2010

segue a luta contra o aumento da passagem em Floripa

NOTA DE REPÚDIO À INVASÃO DA UDESC PELA POLÍCIA 
 
Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC. 
Apesar da alegação de "garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos", o aparato policial, paradoxalmente,  prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e  promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivementre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis. 
Este lamentável  acontecimento  foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências  podiam ser vizibilizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.
ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC - Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes  e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a  reflexão, a crítica e  o respeito aos direitos civis.
Repudiamos, portanto,  a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como  as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito. 



Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010

                                          


 ADFAED e APRUDESC 

01/06/2010

DCE da UFRGS É INVESTIGADO POR SUSPEITA DE CORRUPÇÃO

Vamos à Luta apóia a Investigação!

O DCE da UFRGS será investigado por “suspeita” de corrupção. Em uma histórica reunião do Conselho de Entidades de Base (CEB), com a presença de mais de 100 pessoas e com a representação de  28 centros CAs e DAs, realizada em 27 de mai, na Faculdade de Economia, foi formada uma comissão estudantil de investigação para apurar as graves denúncias feitas por Régis Antonio Coimbra, ex-advogado da gestão e integrante do MEL.

Relatos de fatos apontam na direção da suspeita de apropriação indébita, por parte de membros da atual gestão, do dinheiro do DCE (que é de todos os estudantes da UFRGS). As denúncias não nos surpreendem, pois essa gestão é sabidamente ligada à corrupta Yeda e a partidos políticos como o PP. Essa gestão financiada por grandes empresas, como a Gerdau, não se preocupa com os problemas de nós estudantes, por exemplo, as, cada vez maiores, filas nos RUs, ou a falta de livros nas bibliotecas. Por isso, a repudiamos e solicitamos a comissão estudantil de investigação que apure todas as prestações de contas do DCE e divulgue abertamente o resultado para todos os colegas da universidade.

Nós da Juventude Vamos à Luta somos parceiros de todos os DAs e CAs, e de outros coletivos estudantis na luta contra esse tipo de gestão no DCE, além de exigirmos a apuração da verdade, que deve ser levada a todos os colegas da UFRGS.