25/05/2010

Convocatória de reunião Extraordinária
do Conselho das Entidades de Base (CEB)
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Em conformidade com o inciso III do artigo 21 do capítulo IV do Estatuto do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRGS, as entidades signatárias convocam a Diretoria Executiva do DCE, os Centros e Diretórios Acadêmicos para sessão extraordinária do CEB que será realizada no dia 27 de maio às 18h30 na sede do Diretório Acadêmico da Economia, Contábeis e Atuariais.
 
Pauta Única Formação de uma Comissão do CEB para tratar em âmbito restrito e controlável – mas mais amplo e superior ao da estrita Diretoria Executiva do Diretório Central dos Estudantes (DCE) – de possível conflito entre os membros da diretoria e a entidade como um todo, como se depreende haver indícios a partir das declarações do advogado Régis Antônio Coimbra, o qual alega ter encaminhado documento endereçado não só à Diretoria Executiva do DCE, mas também ao Conselho das Entidades de Base ou à Assembléia Geral, relatando, entre outras questões, fatos que, em tese, tipificariam crimes praticados contra o DCE por membros da Diretoria ou titulares de cargos criados por esta.

CAAR CABAM CADAFI CAEG CASL CEBIOM CECS CERI CEUE CHIST
DABMAR DACOM DAECA DAEE DAEFI
DAFA
DAFE DAFF DAIB DAOS DAQ
DEAMB

Viva a luta dos trabalhadores e do povo grego!

A rebelião dos trabalhadores gregos contra o brutal plano de ajuste capitalista comove a Europa. O mesmo começam a fazer e pela mesma causa os trabalhadores espanhóis contra o governo social-democrata de Rodríguez Zapatero.



Na Grécia, as greves gerais se sucedem com combativas mobilizações de massas que incluíram até policiais e militares uniformizados.



O governo social-democrata helênico encabeçado por Yorgos Papandreu ganhou recentemente as eleições prometendo aumentos salariais. Hoje pretende impor um brutal plano de ajuste que lhe ditaram o FMI e o Banco Central Europeu, com o apoio de Obama e do imperialismo norte-americano para “salvar” da quebradeira o Estado grego e pagar ao setor privado os empréstimos.



O endividamento de Grécia com os bancos supera o valor do seu PIB. Para que possa pagar aos banqueiros, principalmente alemães, devem emprestar outros 120 bilhões de euros. Para que dêem esse empréstimo gigantesco exigem do governo grego um terrível plano de ajuste que prevê: congelamento de salários e pensões da função pública durante 5 anos; supressão do equivalente a dois meses de salário ao ano de todos os empregados públicos; aumento do IVA de 19 a 23%; aumento dos impostos nos combustíveis, bebidas alcoólicas e tabaco; anulam-se aposentadorias por trabalhos insalubres antes dos 60 anos; aposentadoria com 40 anos de contribuição; re-cálculo diminuindo as aposentadorias em base a média dos ingressos da vida laboral e não dos últimos anos; salário de miséria para jovens e desempregados de longa duração que consigam trabalho; privatização de transportes, energia e outras; ajuda aos bancos; flexibilização laboral facilitando demissões.



O FMI (Fundo Monetário Internacional), justamente odiado pelas massas em todo o mundo por seus planos de ajuste na América Latina e no Leste Europeu que provocaram gravíssimos desastres sociais, agora é o encarregado de supervisionar o plano de fome na Grécia, junto ao Banco Central Europeu, ambos atuando por conta do setor privado agiota, cujo único interesse é tirar o máximo possível da crise grega.



A política oficial de ajudar aos bancos na crise de 2008, assim como as políticas fiscais adotadas há décadas favorecendo aos ricos e às grandes empresas, que eliminaram ou baixaram substancialmente impostos sobre a renda e o patrimônio, foram os principais causadores do enorme déficit público e do super endividamento estatal que agora se pretende que paguem os trabalhadores.



Os empresários e os acionistas engordaram com dividendos, deduções fiscais de todo tipo e remunerações astronômicas que lhes permitiram adquirir fortunas incríveis. A Igreja Ortodoxa grega tem gigantescas propriedades e não paga impostos, enquanto seus bispos vivem como reis. Todos eles devem pagar a crise.



Grécia é uma pequena proporção, 2,5% da economia da União Européia. Mas o problema não se circunscreve nem termina na Grécia, ao contrário apenas começa. A maioria dos Estados europeus, assim como Estados Unidos e Japão, tem dívidas em proporção a sua economia, similares a grega, só que enormemente maiores em quantidade. Grécia funciona como um grande laboratório, tanto sobre as medidas econômicas que estão aplicando contra os trabalhadores, como da capacidade das massas para enfrentá-las.



A mesma medicina da Grécia agora está tentando aplicar o governo de Rodríguez Zapatero na Espanha, rebaixando os salários dos trabalhadores públicos e outras medidas de ajuste. Os governos chamados falsamente socialistas querem que a crise a paguem os trabalhadores. Iguais caminhos podem tomar os governos da Itália, Portugal, Grã Bretanha, França… E se o ajuste é derrotado na Grécia será duplamente mais difícil o impor imediatamente no resto da Europa.



Os trabalhadores da Grécia se negam, com toda a razão, a pagar a crise do sistema capitalista. Uns 70% se manifestaram contra pedir empréstimo ao FMI e fazer sacrifícios. Isto desmente a suposta popularidade que permitiria fazer o que quer o governo de Papandreu. E alguns meios dizem que a indignação popular pode pôr em perigo a continuidade do governo.



Na última semana as manifestações e ações de protesto se multiplicaram. Saíram à rua desde os lixeiros até empregados de linhas aéreas, marinheiros, membros da Polícia e do Exército - estes últimos têm proibida a associação sindical. O sindicato Adedy, que representa cerca de meio milhão de empregados do setor público, afirmou: “estas medidas são um desastre, levarão a uma recessão mais profunda ou inclusive a falência do país. O Governo está roubando nossos salários e nossas aposentadorias”.



A batalha dos trabalhadores gregos, espanhóis e europeus interessa a todos os trabalhadores do mundo. O mesmo plano de ajuste que querem impor hoje na Grécia e Espanha, tratarão de impor amanhã em outros países do mundo. Já estão tentando impor novamente planos de ajuste em vários países latino-americanos. Há dos bandos. De um lado os governos a serviço das multinacionais, os bancos e o imperialismo, pretendem que sejamos os trabalhadores e povos oprimidos os que paguemos a crise causada pela sede de lucro dos capitalistas. De outro lado estamos os trabalhadores e povos oprimidos do mundo que, atropelando as direções sindicais burocráticas, temos demonstrado que podemos lutar e derrotar os planos de ajuste do FMI.



Na América Latina os governos seguem pagando as dívidas externas que logo são usadas pelo imperialismo para salvar bancos e multinacionais e dar “empréstimos” como agora o do FMI à Grécia. Devemos exigir aos governos que se dizem “progressistas” e “populares” e que inclusive, criticam os ajustes do FMI, como Lula, Chávez, Evo Morales (que enfrentou uma greve geral da COB), Cristina Kirchner, Correa ou Mújica, que deixem de pagar as dívidas externas para realmente mostrar que apóiam aos povos da Grécia, Espanha ou Portugal.



Convocamos a nossos irmãos trabalhadores de todos os países a se unir, a se solidarizar com a luta dos trabalhadores gregos, porque é a luta de todos. Em primeiro lugar é a luta dos trabalhadores da União Européia, porque se o ajuste se impõe na Grécia, irão aplicar planos similares em cada país. Mas se o plano de ajuste e o governo grego são derrotados, em todos os lados estaremos mais fortes para impedir estes planos do imperialismo e do FMI, e se aproximara a hora de uma solução dos trabalhadores à crise, terminando com a exploração capitalista. Neste processo de lutas, o desafio dos trabalhadores europeus e de todo o mundo é o de conformar partidos revolucionários que realmente os representem e lutem conseqüentemente por seus direitos, pois os atuais partidos que se dizem de esquerda estão na realidade do lado dos capitalistas.



Exigimos de todas as centrais sindicais, aos sindicatos e a todas as organizações operárias e populares do mundo, que se organizem ações de solidariedade e uma jornada internacional de apoio aos trabalhadores da Grécia, Espanha e do resto da Europa.

Nota pública da Frente de repúdio à ação da Polícia Militar de SC

Nota pública da Frente de repúdio à ação da Polícia Militar de SC



Ao povo de Santa Catarina.



A Frente de Luta pelo Transporte Público vem por meio desta nota repudiar

a ação da Policia Militar de Santa Catarina na noite de 21 de maio, que

colocou em risco a vida dos cidadãos que manifestavam seu repúdio ao

aumento da tarifa e os princípios constitucionais de respeito a

integridade física e moral do indivíduo, de liberdade de imprensa e de

livre manifestação. A ação da PM e seu efetivo especializado (PPT, BOPE)

contou com a aplicação a revelia de choques elétricos nos cidadãos, e

ainda com nítidas manobras violentas e em alta velocidade com suas

viaturas contra o corpo da manifestação.



Consideramos ainda a detenção arbitrária dos dois manifestantes acusados

de danificar o patrimônio público por causa de pichações no centro da

capital é uma afronta à inteligência do povo catarinense. Primeiro

detiveram dois

manifestantes e depois tiraram fotos aleatórias dos locais pichados,

atribuindo arbitrariamente a responsabilidade aos detidos. Tal atitude não

passa de uma tentativa de usar a intimidação para calar a boca da Frente,

já que nossos objetivos são justos e legítimos e vão contra os interesses

de uma pequena, mas poderosa elite da nossa cidade de Florianópolis, que

controla privadamente o transporte coletivo a mais de 40 anos, e assim com

sua força econômica compra a classe política e faz da PM/SC um instrumento

político (e violento) de seus interesses. A Frente de Luta pelo Transporte

Público também repudia a prisão do jornalista que trabalhava cobrindo a

manifestação, demonstrando outra prática coerciva da polícia que é

ameaçar, intimidar e nesse caso até prender, quem ousar filmar e registrar

as barbaridades cometidas pelos policiais em “trabalho”.



As bravatas do comandante tenente-coronel Newton Ramlow (que outrora já se

afirmou combatente contra os Movimentos Sociais da cidade) e de seus

comandados, ao chamar os manifestantes de “vagabundos” e “filhos da puta”

(sic), demonstra a incapacidade desses servidores públicos em cumprir com

a função que lhe foi atribuída pela sociedade dentro do cumprimento das

leis.



Chamamos a atenção que muitos desses xingamentos desferidos pelo coronel e

por seus comandados contra mulheres e crianças ferem também a lei Maria da

Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente e não condiz com critérios

éticos estabelecidos por lei aos servidores públicos.



A Frente exige a abertura imediata de inquérito e processo administrativo,

disciplinar e criminal contra os policiais e seus comandantes envolvidos

na noite do dia 21 de maio de 2010, como uma forma de garantir o Estado

Democrático de Direito.





Frente de Luta pelo Transporte Público.



Florianópolis. 24 de maio de 2010.

21/05/2010

Estudantes da Unama (Universidade da Amazônia) fizeram um grande ato nessa quinta-feira (20/05)

Estudantes da Unama (Universidade da Amazônia) fizeram um grande ato nessa quinta-feira (20/05) para cobrar da Reitoria melhorias na estrutura da Universidade. Naõ diferente da situação nacional do ensino superior particular, a Unama também passa por uma grave crise. Desde o ano passado a reitoria está aplicando um plano de ajustes na Universidade com demissões de funcionários, corte de gastos.. que tem influenciado diretamente na qualidade da formação. Os laboratórios de informática estão precários com vários pcs quebrados, a impressora da sala de impressão esteve quebrada durante a semana de provas e só conta co um funcionário ocasionando filas imensas, as escadas rolantes e elevadores estão sem manutenção. E com todos esses problemas eles prometem mais ajustes, não passará...
 
Desde Janeiro o DCE vinha reunindo com a Reitoria para tentar uma solução para os problemas, e as respostas da administração da Unama sempre foram negativas ou de enrolação. Hoje estava marcado um ato que os estudantes chamaram de dia D. A reitoria mandou um ofício desdenhando dos estudantes, falando que não tínhamos do que reclamar pq estudavamos na melhor universidade do norte do país. Depois de lermos a carta em assembléia tiramos de passar nas salas e convocar um ato de repúdio a nota da reitoria para a hora do intervalo. O ato foi massivo, fizemos uma nova assembléia na hora do intervalo, com mais de 300 estudantes e decidimos fechar a rodovia BR316, que fica na frente da Universidade para dialogar com a sociedade, fechamos por 10 minutos a rodovia e fomos a reitoria cobrar um posição. A reitoria que antes desdenhava dos estudantes ficou tremendo de medo e pediu uma reunião para amanhã. Depois do ato fizemos uma nova assebléia e decidimos estado de mobilização permanente até que as pautas sejam atendidas.
A luta continua....

Queremos deixar claro que a crise da Unama é a crise do projeto neoliberal que privatiza a educação superior brasileira. O gov Lula que via MEc diz está fiscalizando as universidades particulares soltando números para comprovar qualidade nada faz de fato para que as universidades particulares tenham qualidade e muito menos coíbe os altos preços das mensalidades. A direção majoritária da UNE mais uma vez nada fez em defesa dos estudantes e só aplaude as políticas do governo Lula que lhes deu rios de dinheiro. Seguiremos nas mobilizações por uma universidade de qualidade e chamamos a mais ampla unidade dos lutadores que enfrentam a política neoliberal de Lula e da direção majoritária da UNE, mais do que nunca é necessário fortalecer uma frente de esquerda.

O DCE-UNAMA que esteve nos piquetes de greve lado a lado com os operários do transporte que derrotaram os patrões, hoje mostrou mais uma vez a sua força na mobilização para derrotar os mandos e desmandos da patronal da educação. Vamos à Luta companheir@s.

20/05/2010

Nota de APOIO e SOLIDARIEDADE ao DCE UFSC “Luís Travassos” e à tod@s @s lutador@s contra o aumento da tarifa e por um transporte coletivo de qualidade
 
Companheiros,
 
Neste momento em que vocês estão enfrentando na mobilização um abusivo aumento de tarifa, queremos lhes enviar essa mensagem de apoio e de solidariedade.
 
Nos últimos anos Florianópolis ficou conhecida como uma das cidades brasileiras em que a tarifa dos transportes coletivos mais subiu e por isso é uma das tarifas mais caras do país. Mas não apenas isso, “Floripa” também ficou conhecida no Brasil inteiro por conter uma população e uma juventude em especial, que não abaixa a cabeça para os abusos cometidos com o transporte público.
 
A luta de vocês que já serviu em anos anteriores como motivadora em outros estados, não é única nem isolada. Há 1 mês atrás enfrentamos os mesmo problemas em Macapá, onde a proposta de reajuste ultrapassava em muito a realidade social da população. Os estudantes sitiaram a Prefeitura e a mesma teve que recuar na tentativa de aumento.
No Pará, mais exatamente nas cidades de Ananindeua e Marituba (região metropolitana) quem está encabeçando a luta pela qualidade nos transportes e pela redução das tarifas é o Sindicato dos Rodoviários, lutando por essas pautas concomitantemente à sua luta por reajuste salarial. Esta luta tem contado com o apoio de entidades estudantis como o DCE da UNAMA (Universidade da Amazônia).
Nestes dois exemplos o que há em comum e o que ocorre em quase todo o país é a aliança quase irrestrita entre as prefeituras e os empresários dos transportes. Além disso, a utilização da violência pelas PM´s de diversos estados contra os que se mobilizam também são algo comum.
Queremos colocar nosso Coletivo Estudantil a disposição da luta aí em “Floripa” com o que for possível ajudar: material humano; campanha de solidariedade financeira; campanha política de apoio ao movimento etc., pois vemos que esse deve ser o papel dos lutadores sempre, apoiar-nos uns nos outros!
 
Por fim, queremos desejar-lhes uma boa luta e que a vitória esteja a nossa espera o mais próximo possível.
 
Venceremos!!!!
 
Niterói, 19 de maio de 2010
Coletivo Estudantil Vamos à Luta!

18/05/2010

Nota da Juventude Vamos à luta em Repúdio à ação ocorrida na sede central do DCE

Nós do vamos à luta viemos por meio desta nota repudiar o fato ocorrido na sede do  DCE neste último dia 12. Somos contra métodos antidemocráticos de se fazer oposição  e lembramos a tod@s que o único beneficiado pelo uso político dessa fato,através de diversas mídias , com este incidente é a atual gestão do DCE,o MEL.
Queremos deixar bem claro que, apesar de sermos contra esta política corporativista das pessoas que hoje ocupam o DCE, não faz parte dos nossos métodos a violência para impor nossa posição. Violência esta utilizada pela atual governadora Yeda, que durante o seu governo mandou reprimir professores e sem-terras (inclusive com o assassinato de elton brum  ainda não resolvido ) e que hoje aparece ao lado do DCE – Livre.Violência também utilizada em 2007, quando durante a ocupação da reitoria um grupo clandestino de extrema-direita, armados com tacos de beisebol,agrediram os manifestantes ali presentes.Não podemos esquecer que o DCE no dia 5 de março desse ano ficou do lado da Reitoria que mandou bater nos estudantes e servidores que exigiam mais democracia nas discussões sobre o parque tecnológico.O DCE se  colocou junto as grandes empresas,qualificando seus colegas de universidade de baderneiros e vândalos.Por isso, achamos necessário que se investigue esta ação e que os responsáveis, sejam eles quem forem , recebam sua punição.

ASSINADO: JUVENTUDE VAMOS A LUTA UFRGS       

10/05/2010

A luta de classes na Grécia

O conceito marxista de luta de classes foi - e em muitos casos ainda é - muito criticado pelos revisionistas de todo o tipo e pelos pós-modernos. Para o azar deles a roda da História seguiu girando e mostrou quem estava com a razão.

A crise financeira atingiu em cheio a Grécia. O Governo disponibilizou 28 bilhões para salvar os banqueiros em apuros. Agora quer cortar 30 bilhões da população. Esta resiste! O que é isso senão uma luta dos ricos contra os pobres? Ou seja, uma luta de classes?!

As mobilizações na Grécia se tornaram massivas e têm deixado apreensivas as classes dominantes no mundo inteiro, e em especial na Europa, onde outros países passam por dificuldades semelhantes. Temem que esse "contágio grego" se alastre pelo continente.

A situação também mostra que as classes dominantes não têm outro modelo de capitalismo para apresentar. Diante da crise do neoliberalismo só conseguem oferecer mais neoliberalismo! É o ajuste que pretendem impor ao povo grego: corte de salários, ataques à previdência, às leis trabalhistas, etc.
Isso mostra que, diferente do que alguns chegaram a acreditar quando estourou a crise financeira, o neoliberalismo não morrerá sozinho! Há uma incapacidade estrutural das classes dominantes, advinda do atual estágio de desenvolvimento e funcionamento das forças produtivas e alcance global do modo de produção capitalista, em oferecer outro modelo de capitalismo. Essa incapacidade se expande para praticamente todos aqueles que encontram-se comprometidos com o sistema. É o caso da social-democracia, que apesar de ter sido eleita pelo desgaste do governo neoliberal de Karamanlís, busca a todo o custo impor um ajuste que é... neoliberal!

A luta que se trava nas ruas da Grécia é para saber quem vai pagar pela crise capitalista. As classes dominantes querem jogar a conta nas costas das classes subalternas. Estas últimas negam-se a pagar a conta de uma crise que não criaram. Ainda não se sabe quem sairá vitorioso dessa queda de braço. Mas não se pode negar que estamos diante de uma luta de classes. Marx, mais uma vez, manda lembranças!

Estudantes da UNB continuam em greve!


No último período da greve unificada na UnB o Governo Federal, em uma tática para dividir o movimento, concedeu a URP somente para os professores e vem ameaçando o corte de ponto dos trabalhadores da universidade negando seu direito legítimo de greve.
Lembramos que desde o início esta foi uma greve unificada de professores, servidores e estudantes em defesa da valorização dos trabalhadores da educação, contra qualquer corte salarial e a favor da isonomia salarial e autonomia universitária.
Cabe salientar que a universidade vive uma crise com corte salarial, demissão de terceirizados grevistas, precarização das relações de trabalho e desmonte das condições de ensino. A universidade não funciona sem um dos seus três segmentos, estudantes, professores ou servidores. Por isso é fudamental nesse momento sermos solidários aos servidores.
A saída dos professores de forma unilateral não vai resolver esta crise. Na verdade é uma forma de negarmos os problemas hoje vividos. Como a universidade irá funcionar sem o Restaurante Universitário, sem biblioteca, sem bolsas, dentre muitos outros problemas que ocorrerão sem o imprescindível trabalho dos servidores. Como podemos estudar nessa situação?
Aos estudantes reafirmamos a importância de não darmos nenhum passo atras em nossa mobilização continuando esta luta. E aos professores conclamamos a reverem seu posicionamento e, junto ao comando unificado de greve fortalecer a luta em defesa da UnB!
Por tudo issso convocamos todos e todas estudantes a participarem da Assembléia Geral Estudantil na próxima terça, 11 de maio, 12h, na entrada norte do ICC Ceubinho.

Comando de Greve Estudantil da UnB

CAMPANHA CONTRA OS ASSASSINATOS NA VENEZUELA

Nós, abaixo assinados, repudiamos os assassinatos de dirigentes sindicais, que recentemente custou a vida de mais um companheiro, dessa vez trata-se de Jerry Díaz, secretário de Imprensa do Sindicato da empresa Manpa-Higiénicos localizada no Estado de Aragua na Venezuela, assassinado no domingo 25 de abril. Este não é um caso isolado, nesta mesma entidade foram assassinados Richard Gallardo, presidente da UNETE de Aragua, Luis Hernández e Carlos Requena, membros da coordenação regional desta organização sindical, assim como também os sindicalistas Luis Delgado, Ramiro Ponce e Edraas Vásquez. No estado de Sucre foi assassinado o dirigente operário Argenis Vázquez, dirigente do sindicato da Toyota e Francisco Ferreira, delegado de Prevenção (CIPA) da empresa Sidetur, de Caracas, entre outros.
 
Devemos deter estes crimes e terminar com a impunidade que mantém livres os autores materiais e intelectuais destes assassinatos. Se não se faz justiça de forma imediata corremos o risco que se instale na Venezuela o método da violência e dos matadores de aluguel para dirimir as diferenças políticas e sindicais, cerceando-se assim as liberdades democráticas.
Exigimos do governo da Venezuela, do Ministro do Interior, da Fiscalia Geral, da Defensoria do Povo e das autoridades judiciais, que se investigue e castigue os responsáveis intelectuais e materiais destes crimes aberrantes.


ASSINAM:
PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO - CANDIDATO DO PSOL A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CHICO ALENCAR - DEP FEDERAL DO PSOL - RJ
MILTON TEMER - CANDIDATO AO SENADO PSOL - RIO DE JANEIRO
BABÁ - DIREÇÃO NACIONAL DO PSOL
RENATINHO - VEREADOR DE NITERÓI - PSOL-RIO DE JANEIRO
PAULO EDUARDO GOMES - EX-VEREADOR DE NITERÓI - PSOL RIO DE JANEIRO
SINTUFF - SINDICATO DOS TRABALHADORES DA UFF - RIO DE JANEIRO
SINDICATO DOS TRABALHADORES QUIMICOS DE SÃO JOSÉ E REGIÃO - SÃO PAULO
SINTSEP - SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL DO ESTADO DO PARÁ
SINTRAN - SINDICATO DOS TRABALHADORES RODOVIÁRIOS DE ANANINDEUA E REGIÃO/PARÁ.
DCE UNAMA
DCE UFOP
SILAEDSON JUNINHO - DIRETOR DA UNE - OPOSIÇÃO
COLETIVO VAMOS À LUTA

MOÇÃO APROVADA NA ASSEMBLÉIA DOS TRABALHADORES DA UFF-RJ
MOÇÃO APROVADA NA ASSEMBLÉIA DOS TRABALHADORES QUIMICOS DE SÃO JOSÉ E REGIÃO-SP

100 mil vão as ruas de atenas protestar contra a crise

Ao fim da manhã de quarta-feira, foi divulgada a notícia da morte de três pessoas durante um incêndio num banco no centro de Atenas. Apesar do responsável pela polícia não ter apontado as causas, a imprensa internacional afirma que o incêndio ocorreu após um ataque com cocktails molotov lançados para o interior do edifício.

Logo pela manhã, cerca de 100 mil pessoas manifestaram-se em vários pontos da capital grega em protesto contra as medidas de austeridade negociadas pelo governo, FMI e Banco Central Europeu. O centro de Atenas converteu-se no palco de confrontos com a polícia, lançamento de cocktails molotov, muitas montras partidas e graffitis apelando à resistência contra as medidas do governo de Giorgos Papandreou.

O protesto alastrou a outras cidades, como Salónica, onde se manifestaram 20 mil pessoas e se registaram igualmente confrontos com a polícia grega.

A greve está a ter uma grande adesão, com a paragem dos transportes aéreos, marítimos e ferroviários, bem como da maioria das escolas e serviços públicos. Também a imprensa aderiu a esta greve geral, interrompendo os serviços noticiosos de rádio e TV. Em Atenas, os transportes públicos funcionaram com horário reduzido, de modo a permitir a chegada dos manifestantes aos locais dos protestos convocados pelas centrais sindicais no centro da cidade.

"Este comício teve o dobro das pessoas do maior comício alguma vez realizado na Grécia", disse Spyros Papaspyros, do sindicato da função pública ADEDY. "Amanhã à tarde vamos protestar em frente ao Parlamento e se o governo não nos ouvir, pode contar com mais acções de luta na próxima semana", acrescentou o sindicalista citado pelo Wall Street Journal.

O plano do FMI para financiar a economia grega, avaliado em 110 mil milhões de euros, prevê medidas de corte na despesa pública grega no valor de 30 mil milhões, atingindo fortemente os salários e as pensões, a subida imediata do IVA para 23% e a liberalização das leis laborais. O parlamento vai votar esta quinta-feira o pacote de austeridade do governo socialista.

05-Mai-2010

Dirigentes do MTL são absolvidos de condenação, por unanimidade, pela 2ª Câmara Criminal do TJMG

João Batista, Marilda Ribeiro e Dim Cabral estavam condenados em primeira instância há 5 anos e 6 meses de prisão por participarem da luta pela Reforma Agrária no Triângulo Mineiro.

No último dia 20 de abril, os membros da Coordenação Nacional do MTL João Batista e Dim Cabral e a advogada e dirigente do MTL Marilda Ribeiro obtiveram uma importante vitória contra a criminalização imposta sobre eles por estarem, há mais de 20 anos, à frente de importantes lutas pela Reforma Agrária no Triângulo Mineiro. Condenados por formação de quadrilha, incitação ao crime e extorsão pelo juiz Joemilson Donizetti da Comarca de Uberlândia, os dirigentes foram agora absolvidos, sendo que os quatro desembargadores presentes na seção acataram os recursos por não verem nenhuma prova contra eles.

Como sempre denunciou o MTL, tal tentativa de criminalização tem origem na posição conservadora de promotores e juízes, aliados aos interesses do latifúndio e do agronegócio na região, bem como de políticos e da imprensa local. Os dirigentes do MTL lideraram a principal luta agrária do Estado de Minas Gerais, na fazenda Tangará, localizada no município de Uberlândia. Ocupada pela primeira vez em 1999 e depois no ano 2000 por 700 famílias, a fazenda Tangará foi palco de vários conflitos provocados pela polícia e por pistoleiros. O povo organizado pelo MTL resistiu contra todas as injustas tentativas de reintegração de posse. O próprio INCRA considerou o imóvel como improdutivo, cuja desapropriação foi conquistada no ano de 2002, onde vivem hoje 250 famílias assentadas.

Importante destacar que a defesa do MTL contou com um importante apoio da CONLUTAS, que articulou a participação da OAB Nacional no caso. Para além dos advogados constituídos pelo MTL, a OAB Nacional delegou um importante advogado criminalista de São Paulo para a defesa das prerrogativas da advogada Marilda Ribeiro, que sempre atuou em defesa dos trabalhadores sem-terra nas ocupações da região.

O MTL considera, essa, uma importante vitória, mas uma vitória apenas parcial, seja porque continua a sua luta contra as condenações impostas a João Batista e Dim Cabral em outro processo originário da mesma luta da Fazenda Tangará, que aguarda a interposição de recursos para os Tribunais em Brasília. Vitória também parcial pelo fato de inúmeros Movimentos e organizações do campo e da cidade continuarem a receber todo tipo de criminalização suscitado pelo poder judiciário, pelas forças repressivas formais ou pelas forças paramilitares. É preciso que continuemos atentos e unificados contra todas as investidas que tentam buscar artifícios políticos e jurídicos para barrar a luta do povo pobre e trabalhador.

Conclamamos também a manutenção de toda solidariedade a Dim Cabral e João Batista, que continuam lutando contra a condenação de 5 anos e 4 meses, imposta aos mesmos em razão da legítima luta pela reforma agrária.

Ato do 1 de Maio no RJ


Vídeo-documento sobre o 1 de maio de 2010 no RJ.Importante relato da luta do povo de Niterói em unidade com os trabalhadores exigindo dos governantes (Lula,Cabral,e o prefeito) que reconstruam as suas casas destruídas pela enchente.

Manifestação marca o primeiro dia de resistência ao aumento das tarifas do transporte público em Florianópolis

Nesta sexta-feira, estudantes de diversos colégios e universidades de Florianópolis realizaram grande manifestação, marcando o início da resistência contra o aumento no transporte coletivo.

A manifestação saiu da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por volta das 10h30 e seguiu em caminhada até o Ticen (Terminal do Centro), onde encontrou os estudantes dos colégios da região central da cidade.

Após o encontro, uma assembléia de rua foi realizada e os cerca de 400 manifestantes decidiram ocupar o Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) exigindo a apresentação das planilhas de custo do transporte. Os manifestantes tentaram entrar pacificamente nas salas administrativas para dialogar com a direção do sindicato dos empresários, sendo agredidos com pedaços de metais, cadeiras e outros objetos, violência do Setuf que gerou empurra-empurra e uma vidraça quebrada, ferindo funcionários e manifestantes. A Frente de Luta pelo Transporte Público lamenta o ocorrido, bem como a irresponsabilidade e intransigência dos empresários.

Após o incidente, o protesto seguiu até o Atendimento ao Cidadão da Secretaria Municipal de Transportes, mas infelizmente encontrou o prédio com as portas e janelas fechadas. Depois de fechar o acesso dos ônibus ao terminal por alguns minutos, a manifestação seguiu para a prefeitura e mais uma vez o poder público demonstrou que não tem nenhum interesse em dialogar com a população, fechando as portas do prédio e ordenando que a Guarda Municipal atacasse os manifestantes com gás de pimenta.

A manifestação se dispersou por volta das 14h, deixando um saldo extremamente positivo e mostrando para os empresários e para a prefeitura que não toleraremos este aumento! Nossa disposição de luta e organização deixam claro que iremos resistir até a revogação do aumento, exigindo também mudanças estruturais e medidas que transformem o transporte público da cidade para que ele atenda de verdade aos interesses da população, que sofre todos os dias com um serviço de péssima qualidade e a tarifa mais cara do Brasil.

A Frente realizará no sábado, 08 de maio, a partir das 13h30, no Diretório Central dos Estudantes da UFSC, uma reunião ampla para discutir e encaminhar os próximos passos da luta, organizando as manifestações que certamente crescerão e ganharão força na próxima semana. Toda a população de Florianópolis está convidada a participar e contribuir com a luta!

Contra o aumento das tarifas do transporte!

Por um transporte público, gratuito e de qualidade para o conjunto da população!

Resistir até a tarifa cair!


Florianópolis, 07 de maio de 2010.

Frente de Luta pelo Transporte Público