11/03/2010

ASSUFRGS Assembleia Geral da Assufrgs repudia ação repressora e antidemocrática da Reitoria


A Assembleia geral da Assufrgs aprovou uma moção de repúdio à Reitoria pela agressão sofrida pelos estudantes e servidores no ato em defesa do debate sobre o Parque Tecnológico ocorrido na sexta-feira (5/3). Além deste debate foram eleitos quatro delegados da Assufrgs para participar da Plenária da Fasubra, aprovado o balanço financeiro da entidade. Na assembleia também teve relatos sobre a reunião da Comissão de Superviisão de Carreira e a participação nas atividade do Dia Internacional das Mulheres..

Parque Tecnológico


A coordenadora Bernadete Menezes fez um relato sobre os problemas com o debate do Parque Tecnológico e as manifestações que ocorreram na semana passada. Falou dos questionamentos feitos pela Assufrgs na ocasião em que foram convidadas pelo Reitor para a apresentação do Projeto. Nesta reunião participaram os coordenadores Berna, Neco e Marco.

"Questionamos o modelo de gestão, como a Fundação Pública de Direito Privado, projeto de lei que foi derrotado no Congresso Nacional, os impactos ambiental e de vizinhança, como seria a participação das empresas privadas, defendemos um maior peso para a universidade, se cumpriria a função social da universidade pública e a participação da comunidade universitária na representação do conselho gestor e dos cursos que não são da área técnica", relatou Berna.

As explicações que ouviram do Reitor é que teria tempo para o debate e que tinha várias indefinições. Para a surpresa na convocatória do Consun, no período das férias foi apresentada a proposta de votar o projeto.

Antes de entrar nos acontecimentos da semana passada, Berna destacou que ninguém é contrário ao Parque Tecnológico, mas o questionamento é sobre a falta de diiscussão. "Neste sentido o resultado das manifestações da semana passada chamadas pelos estudantes foram positivas, pois agora vai haver o debate"', explicou.

A comissão formada pelos membros do Consun e a Comissão dos Movimentos que inclui estudantes, técnicos, professores e entidades sociais, acordou uma proposta de organizar debates nos quatro campus e haverá um prazo para discussão entre 30 e 60 dias até a próxima reunião do Consun. Este prazo é o necessário para que a Universidade não perca as verbas que são destinadas para as instituições que possuem parques tecnológicos.


A Comissão do Consun foi solidária com os estudantes e ficaram chocadas com a atitude do Reitor.

Os estudantes Rodolgo Mohr, ex-diretor do DCE e Rodrigo Baggio participaram da Assembleia e destacaram que o problema do parque ficou muito maior pois se transformou num problema de democracia dentro da universidade. "É muito grave. A solidariedade da comissão não muda o que ocorreu. Nós temos que garantir que isto nunca mais aconteça. A vitória do movimento demonstra que isto tudo não precisava ter acontecido. o Reitor Alex preferiu o retrocesso ao invés do debate e a construção de uma proposta de Parque Tecnológico em conjunto" , observou e agradeceu a participação e apoio da Assufrgs, durante as manifestações.

Feltrin que estava no dia da agressão ressaltou que ninguém é contra o desenvolvimento tecnológico, o problema é a rapidez com que queriam fazer as coisas. "A postura da Reitoria e o conteúdo do projeto já estão definidos. No Consun, nós e os estudantes já somos votos vencidos, por isto temos que lutar pela paridade dentro da universidade.

O coordenador Sílvio Corrêa falou que foi complicado o envolvimento dos colegas vigilantes e o sindicato apóia todos os movimentos. “Foi um equívoco desta administração colocar os vigilantes para fazer o papel de polícia. Está provado que a estratégia dos estudantes estava correta. O Reitor mentiu quando disse que íamos ter tempo para fazer esta discussão. Se não tivesse feito a manifestação o projeto teria sido aprovado ‘goela abaixo’ no Consun. Os atos se mede pelas conseqüências!”.

Ângela lembrou que o problema da democracia dentro da Universidade está muito sério. “Já foi assim com o Reuni e com as cotas. Agora estão jogando colega contra colega. Daqui a pouco vão entrar no meu local de trabalho e me agredir”.


O vigilannte Olmir relatou que ninguém foi mandado para bater, que todo mundo estava nervoso assim como os estudantes. O coordenador Neco ressaltou que o tema é complexo, mas na UFRGS nunca teve uma eleição democrática para Reitor. E o que ocorreu foi coisa que não se via há muitos anos. “A última vez que a Brigada Militar foi chamada foi na reunião do Consun em 1987, quando queriam empossar o Gherardt, que chamaram a polícia de choque para retirar os estudantes que tinham ocupado a sala do Consun e exigiam a renúncia do Reitor escolhido pelo Presidente e que não venceu as eleições, que ocorreram”.

Neco chamou os colega a participarem ativamente deste debate do Parque Tecnológico para que ele seja o mais democrático possível. “Nós cobramos desde o primeiro momento que fosse aberto o debate. Esta administração só nos enrola, assim como faz com a avaliação de desempenho, com o PDI e com o Plano de Saúde”. No final ressaltou que está em discussão é a proposta daqueles que querem privatizar a universidade e aquelels que querem que ela continue pública.

Chiquinho completou dizendo que a disputa é pelo tipo de universiade que se quer. “Nós fizemos greve contra as fundações públicas e de apoio e a Fasubra é cocntra este modelo. Temos que levar esta discussão para a Fasubra e Andifes”. No final dos debates foi lida a moção de repúdio proposta pelos estudantes e aprovada por unanimidade


Plenária da Fasubra

A assembléia debateu e aprovou por unanimidade o que os delegados irão representar a Assufrgs na plenária dos dia 12 e 13 devem defender. A preocupação era em garantir que neste ano que é eleitoral se elabore uma proposta de campanha salarial até o prazo limite de abril e que o Congresso da Fasubra seja realizado após o processo eleitoral. Para representar a Assufrgs foram eleitos por consenso Vânia, Antonieta, Chiquinho e Mozarte.

Prestação de Contas

Na verdade ocorreram duas assembléias, a primeira das 13h30, foi de sócios e aprovou a prestação de contas da entidadae do período de 2008. A Assembléia presidida pelos conselheiros fiscais, debateu uma parte dos recursos, que antes eram para pagar a mensalidade da CUT, destinada para a participação em atividades das entidades sindicais. Como este tema já tinha sido aprovado em reunião do conselho de delegados, foi ratificado pela assembleia e a prestação de contas aprovada.

CNS pode ajudar na solução dos problemas do Plano de Carreira


Na avaliação do coordenador adjunto da CIS, Silvio Corrêa, que passou a integrar a Comissão Nacional de Supervisão de Carreira existe um clima favorável a aprovação dos recursos de enquadramento da UFRGS. “Isto só não ocorreu na reunião dos dias 23, 24 e 25 de fevereiro por uma questão de detalhe na hora do encaminhamento”, explicou Sílvio.


 Dia Internacional da Mulheres

A Fasubra organizou nos dias 6 e 7 de março em São Paulo o II Seminário Nacional da Mulher Trabalhadora. Durante estes dois dias cerca de 130 mulheres de todo o país debateram as origens da opressão à mulher, violência, as mulheres no poder, as mulheres nos movimentos sociais e sindicais e trocaram experiências. No Dia Internacional da Mulher (8 de março) elas participaram da Marcha das Mulheres no centro de São Paulo. A Assufrgs esteve representada com uma delegação de 21 mulheres

FONTE: Assufrgs

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